TV Cultura lança Cultura Play, plataforma de streaming gratuita, nesta quinta-feira (20)

Fonte: UOL

Público poderá acessar às programações da emissora e das rádios Cultura FM e Cultura Brasil no aplicativo.

TV Cultura irá lançar nesta quinta-feira (20) o Cultura Play, uma nova plataforma de streaming gratuita que dará acesso às programações da emissora e das rádios Cultura FM e Cultura Brasil.

Compatível com os principais sistemas operacionais (Android, iOS e Windows Phone), oferecerá acesso gratuito a programação ao vivo e sob demanda, pelo celular, tablet ou smartv.

Pedro Toledo, gerente de Mídias Digitais da TV Cultura, explica que os usuários que baixarem o aplicativo, que é bastante intuitivo, terão à disposição programas do acervo da emissora, como o Roda VivaPrelúdioCultura LivreSr. BrasilViola, Minha Viola e concertos da Brasil Jazz Sinfônica. Não ficam de fora os infantis Quintal da Cultura e Cocoricó, além de outras produções, como o ProvocaPersonaExponencial Entrelinhas.

“Será mais uma janela para acompanhar os programas da Cultura ao vivo ou sob demanda, onde e quando quiser, sem pagar assinatura”, esclarece.

Os ouvintes das rádios Cultura FM e Cultura Brasil também terão mais facilidade para acessar os programas. “As programações das duas rádios, que trazem o melhor do universo erudito e da música brasileira, serão transmitidas ao vivo”, destaca Toledo.

O Cultura Play, desenvolvido pela TVCoins, estará disponível para download nas lojas de aplicativos Play Store e App Store.

Casa Modernista será reformada para receber Museu da Casa Brasileira

Fonte: Metrópoles

Após deixar casarão na Avenida Faria Lima, Museu da Casa Brasileira deve ser instalado na Casa Modernista, no bairro Vila Mariana

Casa Modernista, espaço da Prefeitura de São Paulo na Vila Mariana.

São Paulo – O Museu da Casa Brasileira, que deixará o casarão que ocupa na Avenida Brigadeiro Faria Lima, será instalado na Casa Modernista, espaço que está sob a responsabilidade da Prefeitura da capital paulista.

O museu ícone de arquitetura e design deixará de funcionar no Solar Fábio Prado, da Fundação Padre Anchieta (FPA) no dia 30 de abril. O museu do governo de São Paulo estava no local havia 51 anos por meio de um convênio que foi encerrado recentemente.

“A Casa Modernista vai passar por um projeto de restauração que deve levar pelo menos 24 meses”, afirmou a Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo.

O novo endereço fica no bairro Vila Mariana, na zona sul, e atualmente abriga o Museu da Cidade de São Paulo. O governo paulista cedeu por meio de decreto, publicado em fevereiro de 2008, a posse do imóvel modernista para a gestão municipal.

A secretaria estadual tem a expectativa de retomar a responsabilidade da casa ainda neste semestre com um novo protocolo de intenções. Esse documento está sendo elaborado e definirá o cronograma dos próximos passos.

Enquanto a Casa Modernista não estiver pronta, parte do acervo do Museu da Casa Brasileira será transferido para uma reserva técnica e, posteriormente, poderá ser exibido em instituições culturais, como o Museu do Ipiranga. As parcerias para difusão desse material devem ser definidas até o fim deste mês.

Inovação em sustentabilidade e meio ambiente serão o foco do Prêmio Juízo Verde 2023

Fonte : CNJ

Foto: Luiz Silveira/CNJ

 

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) distinguirá, pelo segundo ano consecutivo, iniciativas inovadoras para fomentar a sustentabilidade, focada na perspectiva ambiental, estimulando a proteção do meio ambiente no Poder Judiciário. As disposições gerais e o regulamento do Prêmio Juízo Verde 2023 são objeto da Portaria Presidência nº 80, de 28 de março de 2023.

Com essa iniciativa, o CNJ busca premiar ações inovadoras, disseminar práticas de sucesso e incentivar os tribunais com os melhores resultados no Índice de Desempenho da Sustentabilidade (IDS) e nos indicadores de produtividade, referentes à prestação jurisdicional na área ambiental.

Os concorrentes, no tocante às boas práticas e à produtividade na jurisdição ambiental, são magistrados e magistradas e órgãos das Justiças Estadual e Federal. No que se refere à sustentabilidade, na perspectiva ambiental, a premiação dirige-se a todos os segmentos de Justiça. O IDS serve como referência de boas práticas e tem importância também para a classificação dos tribunais no Prêmio CNJ de Qualidade.

Temas integrados

O Prêmio Juízo Verde norteia a aplicação do planejamento do Poder Judiciário para atender ao desafio da promoção da sustentabilidade que consta no documento Estratégia Nacional do Poder Judiciário 2021-2026, em que estão as principais diretrizes para toda a atuação institucional dos órgãos do Judiciário. Essa é uma evidência do quanto esse tema está estruturalmente integrado à rotina dos órgãos da Justiça brasileira.

São duas as modalidades do prêmio: boas práticas com foco em iniciativas; e desempenho. As boas práticas deverão ser apresentadas até o dia 30 de abril, por meio de cadastramento da iniciativa no eixo temático Sustentabilidade e Meio Ambiente do Portal CNJ de Boas Práticas do Poder Judiciário, disponível no endereço eletrônico https://boaspraticas.cnj.jus.br/.

No caso da categoria Desempenho, o Departamento de Pesquisas Judiciárias (DPJ) do CNJ cuidará da apuração dos resultados.

A entrega do Prêmio Juízo Verde 2023 está prevista para ocorrer durante a semana do dia 5 de junho, data que celebra o Dia Mundial do Meio Ambiente. Os premiados receberão um selo honorífico.

Texto: Luís Cláudio Cicci
Edição: Jônathas Seixas
Agência CNJ de Notícias

Com legislação mais moderna, MinC volta a receber projetos da Lei Rouanet

Fonte: GOV.BR

Foto: Filipe Araújo/MinC

 

a marca de 100 dias do governo Lula, a ministra da Cultura, Margareth Menezes, assinou a Instrução Normativa (IN) desenvolvida a partir do Decreto de Fomento Cultural (11.453/2023). O documento, publicado nesta terça-feira (11) no Diário Oficial da União, revoga regras estabelecidas pela gestão anterior que foram criadas para desacreditar o mecanismo de incentivo fiscal para a cultura, dificultar o acesso aos recursos da Lei da Rouanet e travar a produção cultural brasileira.

A IN, editada apenas 15 dias após a publicação do novo Decreto, estabelece os procedimentos necessários para a apresentação, recepção, seleção, análise, aprovação, acompanhamento, monitoramento, prestação de contas e avaliação de resultados dos programas, projetos e ações culturais do mecanismo Incentivo a Projetos Culturais do Programa Nacional de Apoio à Cultura (Pronac).

“Esse novo arcabouço legal vai melhorar o trabalho dos fazedores de cultura e beneficiar toda a população, garantindo agilidade, transparência, descentralização de recursos, democratização do acesso às artes e segurança jurídica. Esse marco do presente permitirá diversos avanços para o setor e para o país, no futuro”, garantiu a ministra.

“O novo Decreto do Fomento Cultural e a Instrução Normativa representam a melhor legislação de fomento da história do país. As novas regras vão ao encontro das necessidades da produção cultural, viabilizando a execução de milhares de projetos artísticos e culturais por todo o País”, afirmou o Secretário de Economia Criativa e Fomento Cultural, Henilton Menezes.

Nesta terça-feira (11), o Sistema de Apoio às Leis de Incentivo à Cultura (Salic) foi aberto para o envio de novas propostas culturais que reivindicam o apoio da Lei de Incentivo à Cultura. O Salic está adequado aos requisitos dispostos pelo novo regulamento e com foco no emprego de tecnologia, com o objetivo de melhorar o desempenho e interação com a sociedade. “Estabelecemos regras de transição para que os projetos em execução possam se adequar às novidades, permitindo que os realizadores obtenham os melhores resultados em suas ações culturais”, salienta o secretário.

A Instrução Normativa foi construída de forma colaborativa pelos técnicos das mais diversas áreas do MinC e entidades vinculadas. Também foi realizada ampla escuta junto à sociedade, especialmente de agentes, instituições culturais e associações representativas dos segmentos artísticos. E para garantir a segurança jurídica, foram estabelecidos diálogos com os órgãos de controle do Governo Federal como o Tribunal de Contas da União (TCU), a Controladoria-Geral da União (CGU), a Advocacia-Geral da União (AGU) e o Ministério Público Federal (MPF).

Descentralização

O MinC atuará junto às maiores empresas financiadoras e Estatais na aplicação dos recursos de forma descentralizada, gerindo os editais públicos, estabelecendo ações destinadas a territórios menos favorecidos, implementando cotas e ações afirmativas, previstas no Decreto 11.453.

“Hoje, as 50 maiores empresas patrocinadoras mantêm 45% dos recursos que são investidos na Lei Rouanet. Todos os editais deverão passar pela análise do MinC para que estejam de acordo com as políticas públicas estabelecidas para descentralização”, explicou o Secretário.

Análises dos projetos

A Instrução Normativa reestabelece o fluxo de análise que promove maior segurança processual, jurídica e técnica. Todos os projetos passarão por quatro fases de avaliações técnicas a partir da apresentação até a autorização para execução:

1 – Admissibilidade: é observada se a proposta atende aos objetivos da Lei Rouanet. Se aprovado nessa fase, o projeto recebe autorização de captação de recursos, ainda com valores bloqueados em conta especial.

2 – Técnica:  Após atingir o mínimo de 10% de captação em relação ao valor total autorizado para captar, o agente cultural pode readequar o projeto e, em seguida, ele vai para a instituição vinculada ao MinC correspondente à linguagem, é analisado por um perito que emite um parecer conclusivo.

3 – Comissão Nacional de Incentivo à Cultura (CNIC): todos os projetos passam pela análise da CNIC que pode concordar ou discordar da análise técnica anterior, devendo discutir e aprovar no colegiado a decisão final.

4 – Análise final: a Secretaria de Economia Criativa e Fomento Cultural atende às recomendações da CNIC e examina novamente a regularidade fiscal do proponente (certidões negativas) e sua regularidade no MinC. Por fim, é autorizado o início da execução e liberados os recursos captados para a conta especial monitorada pelo Ministério durante toda a execução.

Ampliação das linguagens artísticas

Todas as linguagens artísticas estão contempladas nas novas regras, mesmo aquelas que não foram previstas originalmente na Lei, promulgada em 1991:

I – artes cênicas – circo, dança, mímica, ópera, teatro e congêneres;

II – artes visuais – artes gráficas e artes digitais, incluídos pintura, gravura, desenho, escultura, fotografia, arquitetura, grafite e congêneres;

III – audiovisual – produção cinematográfica e videográfica, rádio, televisão, difusão e formação audiovisual, jogos eletrônicos e congêneres;

IV – humanidades – literatura, filologia, história, obras de referência e obras afins;

V – música – música popular, instrumental e erudita e canto coral; e

VI – patrimônio cultural – patrimônio histórico material e imaterial, patrimônio arquitetônico, patrimônio arqueológico, bibliotecas, museus, arquivos e outros acervos.

Além dessas áreas e segmentos, a IN detalha outras possibilidades de manifestações culturais que podem ser incentivadas via Lei Rouanet, como:

  • Projeto de Arte Religiosa: projeto que abrange as manifestações artísticas que dialogam e expressam a espiritualidade, a religiosidade, a transcendência, o sagrado e seus símbolos.

  • Projeto de Cultura Afro-brasileira: projeto que abrange as manifestações artísticas afro-brasileiras e expressões populares como: samba, jongo, carimbó, maxixe, maculelê e maracatu, entre outros.

  • Projeto de Cultura Urbana: projeto que abrange o conjunto das expressões de grupos e indivíduos que desenvolvem sua arte preferencialmente nas ruas, nas praças, nos bairros, em espaços  públicos, valorizando as periferias, criando novas formas de arte e  sociabilidade, como o hip-hop em seus quatro elementos (DJ, MC, break   grafite), batalhas de rimas, o funk e suas expressões cênicas, danças,  músicas e bailes, os paredões de som, sound systems, teatro, circo e  dança de rua, lambe-lambe, paradas do orgulho LGBTQIA+, ballroom,  estátuas vivas, slam de poesias, saraus entre outras congêneres.

Projetos que atentem contra outras leis não serão aprovados quando configurarem preconceitos, estímulo à violência, ou qualquer outra ilegalidade. A CNIC também poderá recomendar a reprovação de projetos que denotam estímulos a agressões às minorias, uso de armas, uso de bebidas, ou qualquer outra ação que agrida, deliberadamente, valores democráticos.

Limites

Todos os proponentes têm limites de quantidades de projetos e valores para realização das ações culturais. O valor total autorizado para captação varia entre R$ 1 milhão e R$ 10 milhões e a quantidade de projetos ativos está limitada de quatro a 16 projetos, dependendo do porte da empresa. Projetos especiais como Planos Anuais e Plurianuais, Museus e Preservação de Patrimônio não têm limites de valor.

Cachês

Foram estabelecidos novos limites de cachês artísticos por apresentação: para artista, solista e modelo o valor é R$ 25 mil por apresentação; para grupos artísticos, bandas, exceto orquestras, é de R$ 50 mil; R$ 5 mil por apresentação, por músico; e R$ 25 mil para o maestro ou regente, no caso de orquestras.

Solicitações de valores superiores aos definidos pela IN poderão ser aprovadas pela Comissão Nacional de Incentivo à Cultura (CNIC), considerando as justificativas apresentadas pelo proponente e pela área técnica.

Acessibilidade e democratização

Todos os projetos devem cumprir as medidas de acessibilidade previstas em Lei, para pessoas com mobilidade reduzida, idosos, deficiências intelectuais, auditivas e visuais, quando tecnicamente possíveis. Além disso, devem oferecer o mínimo de 10% de ingressos ou produtos gratuitos; até 10% para patrocinadores, até 10% para divulgação promocional; 20% dos ingressos devem ter o preço máximo de 3% do salário mínimo, e 50% para livre comercialização, desde que o valor médio não ultrapasse R$ 250,00.

Contrapartidas sociais

Todos os projetos incentivados pela Lei Rouanet e que cobram ingressos devem oferecer ações formativas para até 500 pessoas (dependendo da quantidade de público previsto no projeto). A oferta pode ser em forma de bolsas de estudo, ensaios abertos, estágios, cursos, palestras, oficinas etc.

Monitoramento 

A execução do projeto incentivado será acompanhada pelo Ministério, de forma eletrónica, por trilhas implementadas no sistema SALIC, que identificam possíveis inconsistências de execução. Esse acompanhamento será diferenciado pelo valor captado do projeto, classificado como pequeno (até R$ 750 mil), médio (de R$ 750 mil até R$ 5 milhões) e grande (acima de R$ 5 milhões).

Comprovação de gastos

Todos os projetos devem realizar a comprovação de despesas de forma eletrónica, durante a execução do projeto. Essas informações são cruzadas com os valores utilizados em conta bancária específica e acompanhada, em tempo real, pelo MinC.

Prestação de contas

A metodologia de prestação de contas dos projetos será realizada de acordo com o valor captado e executado:

  • Até R$ 750 mil: análise de prestação de contas considerando o alcance do objeto.

  • De R$ 750 mil a R$ 5 milhões:  relatório de execução do objeto e relatório de execução financeira

  • Acima de R$ 5 milhões: relatório de execução do objeto, relatório de execução financeira e monitoramento específico.

  • Projetos até R$ 200 mil podem ter a prestação de contas no formato in loco, dispensada a avaliação financeira.

Missão estrangeira prevê retorno de R$ 30 mi em projetos culturais para SP

Fonte : Veja

Iniciativa envolveu a ida de dez empresas aos Estados Unidos

Marília Marton, secretária de Cultura do estado de São Paulo (Olga Vlahou/Divulgação)

Uma missão realizada pela secretaria de Cultura do governo de São Paulo em parceria com a agência de investimentos da gestão paulista,

a InvestSP, projeta retorno econômico de 30,2 milhões de reais em um ano para as empresas participantes. A iniciativa envolveu a ida de dez empresas com projetos voltados à cultura para Austin, no Texas, nos Estados Unidos, para participar do South by Southwest (SXS) um conjunto de festivais de cinema, música e tecnologia.

“Nas missões, colocamos os artistas à prova de fogo. Em breve, vamos fazer um planejamento estratégico e de transversalidade da indústria cultural para a economia criativa. Missões, como a de Austin, são uma oportunidade de dialogar com diversos atores e stakeholders e procurar parcerias de desenvolvimento na área de cultura do estado”, diz a secretária de Cultura, Marília Marton, em entrevista ao Radar Econômico.

Marton afirma que o governo desenha uma atuação integrada entre a agência e as secretarias de Turismo, Educação e Agricultura para apresentar iniciativas internacionais que fomentem projetos voltados a ações culturais em São Paulo. “É a oportunidade de mostrar as produções do nosso estado”, diz ela. A próxima missão da secretaria levará até dez empresas paulistas para o Festival de Cinema de Cannes, na França, realizado entre os dias 16 e 27 de maio. Em 2022, a missão empresarial gerou 147 milhões de reais em novos negócios.

As empresas selecionadas vão participar do Marché du Film (Mercado do Filme), espaço em que produtores, distribuidores, investidores e representantes de festivais do mundo todo se encontram para negociar.

 

 

 

 

BH recebe amanhã 1º Seminário de Produção Cultural Preta de Minas Gerais

Fonte :Estado de Minas

Evento com inscrições esgotadas será realizado no Memorial Vale nesta terça (11/4) e propõe discutir barreiras raciais e a representatividade de gestores.

Karu Torres, cofundadora do Instituto Aya, apresenta a mesa “Mulher preta pode coordenar, sim”(foto: Patrick Arley/divulgação)

O Instituto Aya de Arte e Cultura Preta e Periférica, criado em 2020 pelos gestores e produtores culturais Karú Torres, Nega Té e Victor Magalhães, promove, nesta terça (11/4) e quarta-feiras, no Memorial Vale, o 1º Seminário de Produção Cultural Preta de Minas Gerais. O evento, gratuito, vai reunir palestrantes com notória experiência em produção cultural em Belo Horizonte.

A proposta é abordar e compartilhar experiências acerca da realidade vivida por produtores e gestores pretos em Minas Gerais, a fim de potencializar as ações em torno da cultura afrodescendente e das iniciativas que brotam na periferia das cidades. O seminário é voltado, principalmente, para quem trabalha com cultura e encontra barreiras sociais e raciais para sua plena atuação.
Victor Magalhães, que atua em Belo Horizonte há sete anos como produtor e gestor cultural, diz que, ao longo desse percurso, pôde observar que houve avanços, no sentido de uma maior presença de pretos e pretas nessa área, mas que ainda não é uma representação equiparável com a de brancos.

Dificuldades da cena

“A ideia desse seminário veio com a pandemia, quando o setor de artes e entretenimento foi particularmente afetado. Decidimos, eu, Karú e Nega Té, analisar as dificuldades da cena para produtores pretos no que diz respeito, por exemplo, à captação de recursos ou obtenção de alvarás. Resolvemos fazer um debate mais amplo, envolvendo outras pessoas, para identificar melhor esses entraves e suas razões”, diz.
Ele aponta que a ideia é buscar soluções que possam ser levadas à esfera das políticas públicas. Há mais pessoas pretas produzindo, mas observa-se ainda uma carência de empreendedores, segundo Victor. O gestor considera que haja uma demanda por diversidade, equidade e inclusão nas grandes empresas, algo que parte do primeiro e do segundo setores, e que vai, aos poucos, chegando também ao terceiro setor, de prestação de serviços públicos.
“A gente tem conseguido fornecer mão de obra, mas não vejo muitos empreendedores pretos, que elaborem e aprovem projetos e tenham canais de captação de recursos. Ainda é uma grande maioria de pessoas brancas nos cargos de liderança e gestão. A gente quer trazer essa discussão à tona, propor debates que envolvam os órgãos públicos”, ressalta.
“Produção cultural preta: vivências, alegrias e frustrações” será o tema abordado por Victor Magalhães, cofundador do Instituto Aya
(foto: Marco Aurélio Prates / divulgação )

Realização periódica

Trata-se de um primeiro seminário, conforme ele destaca, porque a ideia é realizar esses encontros periodicamente, a cada 45 dias ou dois meses. “É uma discussão que, se colocada de modo permanente, pode ser ampliada para todo o Brasil, porque não é uma questão exclusiva de Minas Gerais. Quando falamos de grandes festivais, por exemplo, não conseguimos enxergar pessoas pretas no comando”, afirma.
Além de Karú Torres, Nega Té e do próprio Magalhães, participam do seminário os gestores e produtores culturais Felipe Mariano, Fredda Amorim e Kátia Amaral, com mediação de Simone Abreu. A escolha desses nomes se deu com base na experiência de atuação de cada um no cenário cultural local.
Sobre a escolha dos temas que vão conduzir a fala de cada um, Magalhães diz que foi algo bem permeável, relacionado com as vivências dos debatedores. “Cada um dos palestrantes vai trazer um pouco de seus processos, expondo suas dificuldades nessa área. Fredda Amorim, por exemplo, é uma mulher preta e transexual, então vai falar dos preconceitos que enfrenta, que passam até por questionamentos de competência”, aponta.

Inscrições esgotadas

Ele ressalta que esse é um debate necessário e premente, e que o fato de as inscrições para participação no seminário terem se esgotado tão logo foram abertas explicita isso. “Vai ser um evento com casa cheia”, celebra. Magalhães destaca que, com isso, o Instituto Aya já está cumprindo seus objetivos.
“O que a gente quer é fomentar esse campo da produção cultural preta, formar novos produtores, novos gestores, trazer essa discussão para o mercado, tentar captar recursos para desenvolver trabalhos voltados para a periferia, para ter mais pessoas pretas atuando no campo da cultura. O interesse que esse seminário despertou mostra que estamos no caminho certo”, diz.
• 1º SEMINÁRIO DE PRODUÇÃO CULTURAL PRETA DE MINAS GERAIS
Confira os participantes do evento que ocorre nesta terça (11/4) e quarta-feiras (12/4), das 18h às 21h, no Memorial Vale (Praça da Liberdade, 640, Funcionários), com inscrições já esgotadas
>> Karú Torres – “Mulher preta pode coordenar, sim”
Gestora e produtora cultural, atuando desde 2007 em projetos tais como Festival de Arte Negra (FAN-BH), Festival Internacional de Teatro (FIT-BH), Mostra Benjamin de Oliveira, Noite do Griot, Palco Hip Hop, Festejo do Tambor Mineiro, bloco e banda Havayanas Usadas, entre outros.
>> Felipe Mariano – “Representatividade solitária de um produtor preto em grandes instituições”
Formado em comunicação, com especialização em produção de eventos culturais e corporativos. Atua há mais de 16 anos com experiências junto a Rubim Produções, Chevrolet Hall, Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, Time For Fun e Galpão Cine Horto. Gerenciou o setor de eventos e promoções do Governo de Minas Gerais.
>> Nega Té – “Produção executiva não é só para mulheres brancas”
Produtora cultural formada pelo Observatório das Juventudes da UFMG/Utramig. Idealizadora e gestora da Preta Produtora. Atuou na produção executiva de projetos como Oficina Feminina de Rap, Liquidificador Cultural – 7º Okupa a Cidade e Slam MG. Também atuou no FAN-BH, Fluxo, Planeta Brasil, Sensacional e Mostra Negras Autoras.
>> Fredda Amorim – “Inclusão LGBTQIA+ não é bagunça”
Doutoranda em teatro pela Universidade do Estado de Santa Catarina, mestra em artes cênicas pela UFOP, artista e performer. Produtora, coordenadora de logística no FIT-BH 2022 e de produção da Virada Cultural de BH (2022). Desenvolve pesquisa, ações e práticas nas questões de gênero e raça, junto à coletiva Queerlombos.
>> Kátia Amaral – “Inclusão social além do marketing”
Produtora cultural com formação em marketing, integra a equipe da Diretoria da Política de Festivais da Fundação Municipal de Cultura. Coordenou o setor de relacionamento do Festival Sarará (2018-2019) e do Festival Sensacional (2018-2020) em questões de responsabilidade social, acessibilidade e inclusão. Já atuou em eventos como Palco Hip Hop (2018), Festejo do Tambor Mineiro (2018), Arraial de Belô (2019) e carnaval de Belo Horizonte (2020).
>> Victor Magalhães – “Produção cultural preta: vivências, alegrias e frustrações”
Produtor e gestor cultural preto, idealizador e coordenador do projeto Palco Hip Hop e da Mostra de Arte Preta Periférica (MAPP). Atuou no Festival de Arte Negra de Belo Horizonte, Festival Internacional de Teatro e Conexão Vivo. Coordenou a produção de projetos como o Duelo Nacional de MCs e o Duelo nas Quebradas.
>> Simone Abreu – Mediação
Com formação em produção de moda, iniciou a vida profissional como criadora de figurinos. Atuou como atriz, dançarina e maquiadora. Mulher preta, transexual e periférica, atualmente integra produções de grandes festivais e eventos culturais em Belo Horizonte.

Petrobras vai retomar altos investimentos em cultura

Fonte:O SUL

Há pouco mais de 10 anos, a empresa ocupava o posto de principal patrocinador do setor cultural. (Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou que a companhia retomará os altos investimentos em cultura, nos mesmos patamares de governos petistas anteriores. Há pouco mais de dez anos, a empresa ocupava o posto de principal patrocinador do setor cultural, com um robusto programa.

Em 2013, ano de maior aporte na última década, o total investido foi de R$ 203 milhões.

Nos dois anos seguintes, ainda no governo Dilma, os valores ficaram na casa de R$ 194 milhões e R$ 139 milhões e perderem tração com Michel Temer: de R$ 71 milhões, em 2016, para R$ 38 milhões, em 2018.

No período Bolsonaro, os aportes seguiram em queda, agravada pela pandemia: R$ 37 milhões (2019), R$ 18 milhões (2020), R$ 37 milhões (2021) e R$ 28 milhões no ano passado.

Shell Brasil

A Shell Brasil, por sua vez, informa que investiu R$ 73 milhões em cultura no ano passado. Desse total, R$ 58 milhões foram aportados por meio da Lei Rouanet, que a empresa começou a utilizar em 2021. O desempenho coloca a companhia como segunda maior patrocinadora pela via do mecanismo de renúncia fiscal. Gerente de comunicação externa da Shell Brasil, Alexandra Siqueira afirma que a política veio para ficar.

“Estamos avaliando nossos investimentos para os próximos anos e a ideia é manter ou mesmo aumentar esse volume”, diz. Como seu principal foco, a Shell investe em iniciativas e instituições perenes, como Museu Nacional de Belas Artes, Cinemateca Brasileira, Inhotim, Orquestra Sinfônica Brasileira e Festa Literária das Periferias.

Prêmio democratizado

Entendendo que precisava reformular o Prêmio Shell de Teatro, o mais importante do segmento no país, a companhia realizou uma pesquisa que identificou a necessidade de democratizar o evento. “O prêmio era muito fechado”, afirma Siqueira. Para ampliar seu alcance, a cerimônia será exibida no dia 15 de abril pela TV Cultura.

Realizada semana passada, a 33 edição do evento ocorreu num teatro do Rio, e não mais no seleto Copacabana Palace ou dividido entre as praças do Rio e de São Paulo. A próxima edição ocorrerá na capital paulista. “Estamos criando a categoria ‘destaque nacional’, que abarcará espetáculos de todo Brasil, e futuramente poderemos realizar a premiação fora do eixo Rio-São Paulo.”

Mercado em alta

Pelo sexto ano consecutivo, o mercado fonográfico brasileiro registrou crescimento, de 15%, em 2022, em valores. O segmento atingiu um total de R$ 2,2 bilhões em receitas, o que torna o Brasil o nono mercado do mundo. Para Paulo Rosa, presidente da Pro-Música Brasil, a associação de produtores de discos, a expectativa do setor é a continuidade do crescimento das receitas do streaming de música, que respondem por 86% do faturamento.

Após a expressiva expansão dos anos de isolamento social (de 26% em 2020 e 32% em 2021), o mercado entra em acomodação. “Em 2022, primeiro ano do calendário pós-pandemia, vemos a taxa anual de crescimento do mercado fonográfico brasileiro se aproximar mais dos patamares apurados nos anos pré-pandemia, ainda assim com uma taxa de expansão bem acima da média mundial de 9% no período”, analisa o executivo.

Artistas devem cobrar, agora, diálogo com prefeitura sobre Lei Paulo Gustavo, alerta MinC

Fonte:Brasil de Fato

Apresentada em 2021, medida feita para amparar artistas e coletivos por conta da covid deve ser regulamentada em abril

Referência na área do humor, ator Paulo Gustavo morreu em maio de 2021, vítima da covid – Divulgação

 

Depois de uma longa trajetória, entre vai e vem no Congresso e veto presidencial, a Lei Paulo Gustavo está na reta final de regulamentação e pode começar a repassar os R$ 3,8 bilhões de recursos para estados e municípios a partir de abril.

Apresentada há quase dois anos, a medida foi criada como forma de amparo aos artistas e coletivos culturais e é uma das grandes apostas do Ministério da Cultura, afirma Thiago Rocha Leandro, diretor da Diretoria de Assistência Técnica a Estados, Distrito Federal e Municípios, da Secretaria dos Comitês de Cultura do Ministério da Cultura.

:: Com Lula, ato pelo direito à cultura lança decreto de fomento no Theatro Municipal do RJ ::

Em entrevista ao programa Bem Viver, na edição desta segunda-feira (27), o diretor confirmou que a regulamentação da lei está na fase final e “esse processo deve acabar no próximo mês [abril], quando vamos publicar o decreto e os municípios e estados podem colocar os planos de trabalho e começar a receber os primeiros recursos.”

No entanto, Thiago Rocha alerta aos artistas e coletivos que “o momento é agora. A Lei Paulo Gustavo traz um ponto que é a obrigação dos gestores de fortalecer diálogo com a sociedade civil para lançamento dos editais.”

Segundo Rocha, “alguns municípios estão se adiantando, mas outros precisam ser provocados, precisam ser lembrados”.

Até o lançamento oficial da Lei, o Ministério da Cultura vem realizando diálogos com comitês e conselhos relacionados à área em todos os estados do país. “A gente não acredita em construção imposta, estamos em debate com as pontas, falando com os comitês e conselhos brasil afora para construir uma regulamentação que dê conta da diversidade cultural que existe no país”.

A Lei

A proposta, de autoria do senador Paulo Rocha (PT-PA), recebeu o nome do ator Paulo Gustavo em homenagem ao artista que faleceu em decorrência de complicações da covid-19, em maio de 2021, tornando-se um dos ícones da luta da sociedade civil contra a má gestão da pandemia  por parte do governo Bolsonaro.

:: Em homenagem a Paulo Gustavo, Rio de Janeiro ganha Dia Estadual do Humor ::

Em julho do ano passado, o congresso nacional viveu uma sessão simbólica, reunindo parlamentares e artistas. Na ocasião, deputados e senadores derrubam o veto que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) havia dado à Lei Paulo Gustavo. Com a decisão do congresso, a medida voltou a valer e um dia depois foi registrada como Lei Complementar nº 195.

Desde então, o texto espera ser regularizado pelo governo para que os recursos financeiras possam ser repassados os estados e municípios.

Retomada

Esta é apenas uma das tarefas deixadas pela gestão Bolsonaro. A maior, sem dúvida, é a reconstrução do Ministério da Cultura. Rebaixado para o status de secretaria em 2016, após o golpe contra então presidenta Dilma Rousseff, a pasta vem sofrendo sucessivos desmontes e abandonos.

Segundo Thiago Rocha, ao chegar ao Ministério a equipe percebeu que “faltavam de mesa de trabalho, cadeira, câmera pra equipe de divulgação. Faltava de um inventário completo”.

Por outro lado, o diretor o comenta que todo o trabalho de reconstrução “tem sido feito com brilho no olho.” Os servidores estão empolgados com as possibilidades, com cada reunião”.

:: Petição para criar o emoji de caju destaca a importância da fruta no Nordeste ::

“Estamos celebrando o maior orçamento da história para o Ministério da Cultural”, comenta Rocha.

Thiago Rocha afirma que a Lei Paulo Gustavo está sendo estudada para virar uma política pública. Segundo o diretor o Ministério da Cultura vai definir qual vai ser o mecanismo que a pasta vai apostar para se tornar a forma permanente da União repassar recursos para estados e municípios.

A Lei Aldir Blanc, que já teve o primeiro edital realizado, terá a nova edição este ano. Novas versões estão previstas para os próximos anos, mas ela não foi estabelecida como uma política pública definitiva.

 

Investir na cultura não é mamata, é adubo.

Fonte : UOL

Imagem: Joedson Alves/Agencia Brasil

Assumimos o novo Ministério da Cultura com uma missão muito especial, irrigar e fazer reflorescer a produção artística e cultural brasileira, depois de mais de quatro anos de perseguição e desrespeito aos milhares de trabalhadores da cultura que desenvolvem, dignamente, suas atividades profissionais por toda uma vida e até por gerações. O nosso setor cultural sempre produziu conquistas valiosas e já colocou o Brasil em posição de destaque através da emancipação, transformação e desenvolvimento social e econômico.

Somos 6 milhões de trabalhadores, homens e mulheres, de todas as idades, de todas as raças, de todos os gêneros. Estamos em todos os lugares trabalhando, aprendendo, enriquecendo e embelezando o mundo com aquilo de mais singular que é produzido pela humanidade: a arte. O Brasil é um país cheio de cores, sabores, sons, imagens, tradições. Somos um povo criativo, diverso, estamos juntos, misturados, singular e plural. E não apenas nos realizamos e nos identificamos nessa bela mistura, mas absorvemos outros fazeres que, mais ainda, nos enriquecem como sociedade. Temos como reposta o reconhecimento do nosso povo, que é o nosso suporte.

O retorno do MinC (Ministério da Cultura) e da produção cultural brasileira se torna mais intenso e simbólico neste momento em que reatamos a vida plena em sociedade, com a democracia restaurada e sem o sofrimento que nos foi imposto pelo desmonte da pasta, pela perseguição política e pela pandemia de covid-19. Nesse contexto, entre os segmentos produtivos da economia, foram os trabalhadores e trabalhadoras da cultura e nossas atividades culturais que mais sofreram as consequências impostas nessa travessia amarga. A atividade cultural é, quase sempre, coletiva, gregária. O desmonte do MinC deixou sequelas profundas na produção econômica do setor. Choramos, sofremos e morremos, também. Perdemos espaço de trabalho, ao menos 300 cinemas fecharam e continuam fechados, em um país em que só 7% dos mais de 5.000 municípios possuem esse equipamento.

Essa retomada do fazer da cultura não poderia ser realizada sem o justo financiamento aos seus realizadores. Quando traduzimos nossa atividade em valores econômicos, nosso setor é responsável por 3,1% da riqueza nacional. Mesmo sendo um potente setor produtivo, até hoje recebíamos apenas 0,5% dos incentivos fiscais que eram destinados, anualmente, pelo governo federal. Essa renúncia de impostos é oferecida pela Lei Rouanet, uma importante ferramenta de financiamento da cultura brasileira que possibilitou que, a cada RS 1,00 renunciado, R$ 1,60 retornasse à economia. Os recursos da Lei Rouanet estão viabilizando, todos os anos, a execução de cerca de 3.000 ações culturais, em todas as linguagens artísticas.

Essas ações promoveram a profissionalização do setor, com a formação e o crescimento de atores, músicos, compositores, técnicos, produtores, diretores, roteiristas, cineastas, figurinistas, cenógrafos, costureiras, marceneiros, eletricistas e dezenas de outros profissionais da cultura que, juntos, movem essa grande engrenagem que é a construção de um bem cultural. Apesar desse impacto relevante, a lei não prescindia de ajustes em sua gestão. Com o apoio do presidente Lula e a cultura na pauta principal do seu governo, poderemos ampliar as possibilidades de suporte, com recursos oriundos das leis Paulo Gustavo e Aldir Blanc. Com esses dois novos mecanismos de financiamento, chegaremos aos mais diversos fazedores da cultura, localizados em todos os lugares do Brasil, mediante o repasse de recursos financeiros para estados e municípios.

“Neste novo cenário, é imprescindível a invenção de um novo arcabouço legal que enxergue a cultura brasileira em toda a sua especificidade e diversidade, que reconheça as distintas necessidades dos realizadores e que entenda a dinâmica de produção dos segmentos artísticos.”-

Simplificar os procedimentos, privilegiar a avaliação dos resultados obtidos e ampliar a fruição dos bens culturais pela sociedade brasileira são as mais importantes metas quando pensamos em financiar um setor que tem a criatividade como insumo primeiro. Tudo com mais transparência, mais segurança processual e jurídica, mais tecnologia de acompanhamento e maior possibilidade de distribuição equilibrada em todo o país.

Os principais avanços, no fomento direto, são as novas definições e modelos dos mecanismos que promoverão melhor gestão dos recursos, possibilitando a manutenção de espaços culturais, a concessão de bolsas e premiação, a implementação de instrumentos de financiamento reembolsável e a realização de editais de apoio à produção cultural.

No fomento indireto, via incentivos fiscais da Lei Rouanet, retornamos os projetos de planos anuais ou plurianuais, apresentados por instituições culturais, museus, orquestras, grupos de teatro e outros corpos artísticos estáveis..

Requalificamos a Cnic (Comissão Nacional de Incentivo à Cultura), com a participação de membros da sociedade de todas as regiões, representando nossa pluralidade. Ainda, faremos o diálogo com patrocinadores com o objetivo de induzir a desconcentração dos recursos e viabilizar ações que tenham conexão com as demandas do setor.

Financiar o fazer cultural e entregar resultados à sociedade nunca foi mamata. Se trata de “adubar”, de “aguar” e fazer “florescer” a inventividade dos brasileiros e dos trabalhadores da cultura, promovendo o desenvolvimento e a proteção das diversas manifestações artísticas e culturais, para reconstrução de um Brasil diverso, alegre, colorido, sonoro, unido e sem ódio.

O MinC voltou!

*Margareth Menezes é cantora, compositora e Ministra da Cultura no governo Lula.

VEM AÍ O NOVO DECRETO DO FOMENTO!

Fonte:Instagram @minc

Em cerimônia no Theatro Municipal do Rio de Janeiro na próxima quinta-feira, o presidente @lulaoficial e a ministra @margarethmenezes assinam o novo decreto do fomento cultural. No evento também serão anunciados editais para o setor audiovisual.

O MinC voltou e, com ele, o respeito aos fazedores de cultura de todo o país e a valorização da nossa diversidade cultural!

#DireitoÀCultura #FomentoCultural #LeiRouanet