Com 159 anos de legado em pesquisa na Amazônia, Museu Goeldi celebra aniversário com o título ‘Amazônia para Sempre’

Fonte: MinC

Honraria foi concedida pela Câmara Municipal de Belém, que realizou sessão especial no Parque Zoobotânico para reconhecer a importância da instituição na produção científica, na formação cidadã e na memória afetiva do povo paraense

 

gência Museu Goeldi – Em homenagem ao aniversário de 159 anos do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), a Câmara Municipal de Belém (CMB) realizou sessão especial, nesta segunda-feira, 06, no Parque Zoobotânico da instituição. Em reconhecimento à importância da sua produção científica e das suas contribuições ao ensino e à formação cidadã da população, foi entregue o diploma “Amazônia para Sempre”, honraria concedida por unanimidade pelos vereadores do município.

Com o auditório Eduardo Galvão lotado, a solenidade, transmitida ao vivo pelo canal da CMB, no YouTube, teve início às 9h e foi presidida pelo vereador Rodrigo Moraes (PCdoB), proponente do Decreto Legislativo nº 011/2025, que concede o título ao Museu Emílio Goeldi. A sessão foi acompanhada por autoridades, pesquisadores, entidades estudantis, servidores da instituição e representantes da sociedade civil.

Além do vereador Rodrigo Moraes, a mesa foi composta pelo diretor do MPEG, Nilson Gabas Jr.; pelo secretário executivo de Ciência, Tecnologia e Inovação da Prefeitura de Belém, Lélio Costa; pelo representante da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), Rodrigo Lima; pelo assessor da presidência do Instituto de Desenvolvimento Florestal e Biodiversidade (IDEFLOR-BIO), Juan Arroyo; pela diretora do Instituto Evandro Chagas, Lívia Martins; pela superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) no estado do Pará, Cristina Vasconcelos Nunes; e pelo presidente da Imprensa Oficial do Estado do Pará (IOEPA), Jorge Panzera.

 

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Imagem: Adrya Marinho

 

Carinho pelo Museu Goeldi

Nos discursos, as autoridades reafirmaram a importância que o MPEG tem para o desenvolvimento da ciência na Amazônia e para a memória afetiva dos paraenses. “Celebrar esses 159 anos do Museu Paraense Emílio Goeldi tem esse significado de relação afetiva, de amor, de carinho que o povo de Belém e do Pará têm com esse centro de pesquisa, mas também dessa importância que tem a ciência, a tecnologia, a inovação para se pensar um desenvolvimento para o Brasil e para a região da Amazônia”, destacou o presidente do IOEPA, Jorge Panzera.

Cristina Vasconcelos, do IPHAN,  ressaltou os desafios de se fazer ciência na Amazônia e como o Museu Goeldi tem resistido às adversidades ao longo da história. “Você não consegue fazer pesquisa na Amazônia de qualquer jeito porque a Amazônia te exige muito mais. E quando o Museu Goeldi completa 159 anos de existência fazendo pesquisa, cultura e tecnologia na Amazônia, vocês [pesquisadores do MPEG] estão de parabéns, é incrível, porque não desistiram”.

 

Colaboração no ensino público

Já o diretor do MPEG, NIlson Gabas Jr., reforçou o caráter de pesquisa e de ensino da instituição e a colaboração na formação do ensino público a partir da intervenção na universidade e na pós-graduação, em nível de mestrado e doutorado, mas também por meio de projetos como o Clube do Pesquisador Mirim, que contribuem para a formação de crianças e adolescentes.

“Nós estamos reestruturando o Clube do Pesquisador Mirim. No ano que vem, nós vamos reabrir as portas porque é fundamental você ter desde a infância a conscientização da pesquisa, a conscientização ambiental de que pesquisa é fundamental na vida das pessoas. Mesmo que a gente não forme cientistas, a intenção é formar cidadãos com consciência científica”, disse o diretor.

Gabas Jr. destacou a importância das instituições parceiras na atuação do Museu Goeldi, como o IPHAN, o Instituto Evandro Chagas, o IDEFLOR-bio, e de outras entidades representadas na mesa, mas também de outros parceiros como o Instituto Tomie Ohtake, que está com a exposição “Um rio não existe sozinho” no Parque Zoobotânico do MPEG até 30 de dezembro. “Assim como um rio não existe sozinho, nós somos o exemplo vivo de que, se estivéssemos sozinho, não sobreviveríamos, sobretudo na Amazônia”, ressaltou ele.

No fim da sessão, o vereador Rodrigo Moraes entregou o diploma “Amazônia para Sempre” nas mãos do diretor Nilson Gabas Jr. e, em seguida, houve a celebração do aniversário de 159 anos do Museu Goeldi pelas pessoas presentes. E, como parte da celebração, o Parque Zoobotânico do Museu Goeldi abriu as portas para o público em geral com entrada gratuita no dia do aniversário.

Texto: Denise Salomão

Revisão: Carla Serqueira