Indústrias mineiras fomentam projetos de cultura no estado

Ações preservam o patrimônio histórico e cultural e democratizam a cultura

Nova Orquestra — Foto: Julia Bandeira

 

De julho a novembro deste ano, centenas de projetos estão participando do processo de seleção da Chamada Instituto Cultural Vale 2022. A iniciativa destinará R$ 25 milhões, via Lei Federal de Incentivo à Cultura, a ações que serão realizadas a partir de janeiro de 2023, que valorizem a democratização do acesso e que contribuam para a diversidade de manifestações culturais e para o desenvolvimento da economia criativa nos locais onde são realizados.

Desde a sua criação, em 2020, o Instituto Cultural Vale já patrocinou mais de 500 projetos culturais em mais de 24 estados brasileiros e no Distrito Federal, com recursos incentivados e próprios, que somam mais de R$ 677 milhões. Em Minas Gerais, berço da mineradora Vale, foram 51 projetos contemplados apenas em 2021, com investimento total de cerca de R$ 116 milhões.

Como principal apoiador da cultura no estado, o Instituto Cultural Vale patrocina diversos projetos, como o Instituto Inhotim, em Brumadinho, as mostras de cinema de Tiradentes e de Ouro Preto, os grupos Corpo e Galpão – de dança e de teatro, respectivamente -, as orquestras filarmônicas de Minas Gerais e de Ouro Preto, o Festival Literário de Itabira, entre outros.

Os investimentos realizados pelo braço de cultura da mineradora também contribuem para preservar e fortalecer o patrimônio histórico e cultural de Minas Gerais. Um exemplo é o Museu Boulieu, que foi inaugurado em Ouro Preto, em abril deste ano, com o patrocínio integral do Instituto Cultural Vale, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. O espaço acolhe mais de mil peças da coleção de arte barroca do casal Jacques e Maria Helena Boulieu.

Museu Boulieu, em Ouro Preto  — Foto:  Storm Filmes

Museu Boulieu, em Ouro Preto — Foto: Storm Filmes

Parceria com a indústria

Luciene Araújo, gerente de Responsabilidade Social da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG), avalia que “Minas Gerais é um estado riquíssimo em todas as modalidades culturais: patrimônio histórico, gastronômico, música, teatro e artes plásticas. Minas tem muito a oferecer ao Brasil, porque é um celeiro dessas manifestações”. Para ela, “a cultura é muito importante no relacionamento entre as indústrias e a comunidade, de modo que não é possível separá-la do que a sociedade entende como um ativo cultural”, complementa.

Com o objetivo de estimular a interação entre indústria, cultura e comunidade, a FIEMG presta consultoria para que as empresas destinem seus recursos a iniciativas que geram mais valor à sociedade. “O nosso papel é trabalhar de acordo com a necessidade de cada empresa. Podemos contribuir com inteligência, formatação de projetos, consultoria, diálogos com as comunidades, para entender suas demandas. O resultado é uma ação de patrocínio relevante, que incentiva a valorização da cultura, das tradições e do uso das artes”, explica Luciene.

Alguns critérios norteiam o apoio da Federação aos projetos das empresas parceiras. O primeiro é a intencionalidade. Cada ação deve ser capaz de desenvolver locais e pessoas. O segundo é a qualidade técnica e o poder de transformação que a iniciativa deve ter. Finalmente, é preciso ter qualidade na gestão de processos, clareza na prestação de contas e uma boa relação com a comunidade. “A dobradinha entre a indústria de Minas Gerais e a FIEMG é muito efetiva e comprova que, quando todos trabalham a favor de uma cultura mais inclusiva, quem sai ganhando é a sociedade”, conclui Luciene Araújo.

Para saber mais, acesse o da FIEMG.