“Não dá para colocar o setor cultural como um produto supérfluo”, diz Margareth Menezes

Fonte: Cultura.UOL

No Roda Viva, ministra fala sobre a ausência da pasta da Cultura durante o último governo

 

No Dia da Consciência Negra, celebrado nesta segunda-feira (20), o Roda Viva recebe a cantoracompositoraatriz e atual ministra da Cultura Margareth Menezes.

Esse é o primeiro cargo público da artista baiana, mas a trajetória como cantora é permeada de projetos sociais no país com a maior população negra do mundo fora do continente africano. Ela também foi eleita como uma das 100 pessoas negras mais influentes do mundo na lista da Most Influential People of African Descent.

A artista responde sobre como a falta de um ministério prejudica na criação de ações e políticas públicas para a área da cultura.

“Não dá para colocar o setor cultural como um produto supérfluo […]. Nossa cultura não é de segunda, é uma cultura de um país que tem uma identidade fantástica e oportunidades gigantes. É com essa visão e expectativa que nós estamos buscando esse fomento”, afirma.

“Não tem como um país gigante como o Brasil ter uma Secretaria de Cultura, não pode o ministério ser reduzido a uma secretaria, as políticas públicas da cultura são diversas, mas dentro do escopo da cultura, é direito autoral, audiovisual, livros e leitura, cultura afro, tudo isso precisa de uma política para organizar. Não é mais apenas identidade cultural, estamos falando de uma indústria, e ela precisa ser compreendida”, acrescenta.

A bancada de entrevistadores é formada por Evandro Fióti, artista e CEO da Lab Fantasma, Marcella Franco, editora da Folhinha e do Folhateenna Folha de S. Paulo, a urbanista e escritora Joice Berth, o gestor cultural Ale Youssef, e Diane Lima, curadora e escritora.

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