gência Museu Goeldi – Uma das instituições científicas mais antigas do Brasil, o Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) completa 158 anos de fundação no dia 6 de outubro. Popular, a instituição sesquicentenária comemora a data junto ao público, apresentando seus estudos, contando sua história, expondo a cultura material indígena contemporânea e convidando para vivenciar a natureza através da dança.
A programação, especialmente preparada para este fim de semana, dias 5 e 6 de outubro, tem o Parque Zoobotânico, base mais antiga e conhecida do Goeldi, como ponto de encontro aos que desejam se juntar nesta celebração.
Programação – No sábado (05), haverá Feira Científico-Cultural com exposição e venda de artesanatos indígenas e lançamento de livros editados pelo Museu Goeldi, além de conversas com os autores.
Conheça abaixo a lista de livros em destaque. Clique nos títulos para saber mais sobre a obras:
- “Crônicas de uma comunidade amazônica: oito décadas de pesquisa e envolvimento em Gurupá, Pará”, de autoria de Helena Lima e Richard Pace;
- “Atlas do Estuário Amazônico”, de Ronaldo Barthem, Eduardo Venticinque e Michael Goulding;
- “Encontros: Amazônia ontem e hoje”, de Karin M. Naase e Mark Munzel;
- “Coletânea de Experiências em Tecnologia Social na Amazônia”, de autoria de Benedita Barros, Cássia Yamanaka, Dávila Correa, Denise Machado, Diana Rodrigues, Estefani Fujita, Felipe Addor e Regina Oliveira da Silva.
No domingo (06), dia de aniversário do Museu Goeldi, e também de eleições municipais, a entrada no Parque Zoobotânico será gratuita. Durante a manhã, às 9h, haverá Roda de Dança Circular, prática com forte conexão em tradições culturais e espirituais, organizada pelo grupo Ocara.
Em paralelo à roda de dança, os visitantes serão convidados a descobrir mais sobre a história do MPEG por meio de fotografias antigas vistas. Um ator, trajando roupas à moda antiga, convidará os visitantes que estiverem no Parque para este momento, realizado no Centro de Exposições Eduardo Galvão, onde estão em exibição as exposições Diversidades Amazônicas e Fóssil Vivo.
Na segunda-feira (07) a programação será interna, no Auditório Paulo Cavalcante, onde haverá homenagens aos servidores aposentados mas que continuam em atividade como voluntários da instituição e também aos servidores na ativa com longo tempo de atuação.
Um pouco de história faz bem pra memória – Fundado em 1866 como Museu Paraense de História Natural e Etnographia, tendo como primeiro diretor o naturalista brasileiro Domingos Soares Ferreira Penna, o Museu Goeldi nasceu com a missão de promover o conhecimento científico sobre a fauna, flora e povos amazônicos.
Em 1894, após a chegada do naturalista suíço Emílio Goeldi, que dirigiu a instituição até 1907, o Museu Paraense passou por uma ampla transformação, organizando novo setores e coleções, ganhando projeção internacional.
A figura de Emílio Goeldi é central para a história da instituição e para o desenvolvimento da produção de ciência na Amazônia. Em sua gestão, Goeldi implementou métodos científicos rigorosos e estabeleceu uma rede de colaboradores que incluía tanto pesquisadores brasileiros quanto estrangeiros.
Entre as grandes contribuições do naturalista, destaca-se a criação de coleções sistematizadas de animais, plantas e artefatos culturais da Amazônia, muitas das quais são mantidas até hoje. A coleção zoológica do Museu Goeldi, por exemplo, é uma das mais importantes da América Latina, reunindo mais de 4 milhões de espécimes. Além disso, ele estimulou a produção de obras científicas que documentaram pela primeira vez diversas espécies de fauna e flora da região, organizou a Biblioteca adquirindo uma coleção importante de obras e investiu na organização do Parque Zoobotânico, mobilizando o interesse da população em conhecer a natureza amazônica e os avanços da Ciência, tornando a ida ao Museu Paraense um hábito compartilhado por gerações e gerações de moradores e visitantes.
Goeldi também foi pioneiro na preservação dos conhecimentos indígenas e das populações tradicionais da Amazônia. Ele reconheceu a importância de documentar as línguas, costumes e práticas culturais dos povos indígenas da região, tendo sido essa perspectiva cultural e antropológica incorporada às atividades da instituição.
Bases – Hoje a instituição possui três bases físicas. Em Belém, mantém o Parque Zoobotânico, no coração da cidade, e um Campus de Pesquisa, na periferia. Já na Floresta Nacional de Caxiuanã, no Arquipélago do Marajó, possui um campus avançado, a Estação Científica Ferreira Penna.
Parque Zoobotânico – Fundado em 1895, sendo o mais antigo do Brasil no seu gênero. Além de abrigar uma significativa mostra da fauna e flora amazônicas, o Parque é o principal local das atividades educativas da instituição, funcionando como um laboratório para aulas práticas. A média de visitação anual do Parque Zoobotânico do Museu Goeldi é de 300 mil pessoas, incluindo dezenas de escolas e centros comunitários.
O Zoobotânico também é um abrigo de animais encaminhados pelos órgãos ambientais para se recuperarem, após serem vítimas de maus tratos, caça, comércio ilegal e do desmatamento.
Além da natureza viva e exuberante, o trajeto pelo Parque Zoobotânico do Museu Goeldi disponibiliza ao visitante o Aquário Jacques Huber, o aquário público mais antigo do Brasil, e o Centro de Exposições Eduardo Galvão. Atualmente as exposições em cartaz são Diversidades Amazônicas, Baleia à Vista e Fóssil Vivo, que utiliza a Realidade Virtual e Aumentada para apresentar animais extintos da época que a Amazônia era mar.
Com uma área de 5,4 hectares, situado no centro de Belém, no Parque Zoobotânico estão instalados a Diretoria do Museu Goeldi, as coordenações de Comunicação e Extensão, Administração e Museologia, os serviços do Parque Zoobotânico e Comunicação Social, além do Núcleo Editorial de Livros.
Campus de Pesquisa – Adquirido em 1978, a área do Campus de Pesquisa do Museu Paraense Emílio Goeldi abriga as coordenações de Pesquisa e Planejamento, laboratórios, 17 coleções científicas das áreas de botânica, zoologia, arqueologia, etnografia, linguística, paleontologia, minerais e rochas.
Também funcionam no Campus a Biblioteca Domingos Soares Ferreira Penna, o Arquivo Guilherme de La Penha, o Núcleo de Inovação e Transferência de Tecnologia (NITT) e os cursos de Pós-Graduação, que garantem a formação de recursos humanos de alto nível na região amazônica. A Prefeitura do Campus é responsável pela administração do espaço.
A instalação do Campus do Museu Goeldi no bairro da Terra Firme propiciou que a instituição desenvolvesse ações diversas de educação com os centros comunitários do entorno, parceria que se mantém há mais de três décadas.
Estação Científica Ferreira Penna – A Estação Científica Ferreira Penna (ECFPn) é uma base de pesquisas científicas do Museu Paraense Emílio Goeldi e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Implantada em 1993 na Floresta Nacional de Caxiuanã, no município de Melgaço, no Pará, conta com área urbanizada de 6 mil m² e área construída de 3 mil m². A Estação Científica tem por objetivo apoiar estudos sobre a sociobiodiversidade da Amazônia, além de atividades de educação em ciências e educação ambiental.
Na Estação, são realizados cursos de campo para alunos de graduação e pós-graduação, treinamentos de extensão rural para moradores de Caxiuanã e visitas orientadas. Como não existe linha regular de transporte para a Floresta Nacional de Caxiuanã, a Estação Científica possui um barco para transporte das equipes de pesquisa. Para facilitar a logística, o Museu Goeldi construiu uma casa na cidade de Breves (PA) com um trapiche onde o barco e demais embarcações aportam.
Texto: Marcelo Dias
Edição: Joice Santos
Serviço
Programação de Aniversário do Museu Goeldi
Local: Parque Zoobotânico do Museu Goeldi, Av. Governador Magalhães Barata, 376 – São Braz, Belém
Dia 05/10
Feira Científico-Cultural (exposição e venda de artesanato indígena, Lançamento de Livros e Conversa com Autores)
Horário: 9h às 12h
Local: Centro de Exposições Eduardo Galvão
Dia 06/10
Roda de Dança Circular com o Grupo Ocara
Horáro: 9h às 11h
Local: ao lado do Castelinho
Exposição de Fotografias Antigas do MPEG
Horário: das 10h às 12h
Local: Centro de Exposições Eduardo Galvão
Horário de funcionamento do Parque Zoobotânico
Dia 05/10 – 9h às 16h (bilheteria fecha uma hora antes).
Dia 06/10 – 9h às 13h (Horário especial em virtude das eleições municipais).
Entrada gratuita nesse dia.
Secretaria de Cultura do RJ lança edital exclusivo para bandas de rock
© Divulgação/Secec RJ
A Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro (Secec-RJ) lançou edital destinado a bandas de rock. Serão contempladas 30 bandas em todo o estado, que receberão R$ 50 mil cada, totalizando investimento de R$ 1,5 milhão. As bandas devem ter composições originais, isto é, músicas autorais.

“É uma demanda do segmento de música, de grupos e coletivos de rock que procuraram a secretaria já há algum tempo, solicitando um edital específico”, destacou a presidente da Comissão de Seleção da Secec, Tatiana Salomão, em entrevista à Agência Brasil. As inscrições para o edital Esse Tal de Rock’n Roll podem ser feitas até o dia 12 de agosto, no site cultura.rj.gov.br/desenvolve-cultura.
O edital é voltado para a circulação de shows de bandas autorais de rock. “Não pode ser bandas cover, que é para valorizar os coletivos independentes também”, destacou Tatiana. Os grupos têm que apresentar propostas de realização de shows em, pelo menos, dois municípios fluminenses, para comprovar a circulação. Durante as apresentações, os grupos podem tocar uma ou outra música de bandas famosas, mas o show não pode ser inteiro de cover. “A gente acredita que vai ter um número grande de inscritos”, disse a presidente da Comissão de Seleção.
As propostas devem conter o portfólio das bandas com as comprovações das apresentações que já fizeram, postagens em redes sociais, se já ganharam algum prêmio, se participaram de festival, se já fizeram gravação. “Tudo isso tem que estar no portfólio deles, com os links de comprovação funcionando em modo público para permitir o acesso, com datas”, explicou.
Pessoa jurídica ou MEI
Tatiana acrescentou que o proponente deve ser pessoa jurídica ou microempreendedor individual (MEI). Um único Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) pode estar representando a banda. Não precisa ser um CNPJ da banda, mas de seu representante. A banda pode contar, também, em sua equipe, com profissionais técnicos e artísticos direta ou diretamente envolvidos na elaboração e execução da proposta.
A secretária de Estado de Cultura e Economia Criativa, Danielle Barros, destacou o papel fundamental do rock para a cultura, tanto em termos de representatividade histórica, como de relevância musical. “Vamos celebrar e premiar bandas autorais por todo o Rio de Janeiro.”
Para avaliação das propostas, serão julgados critérios de qualidade do projeto; relevância da proposta para o cenário cultural do estado; aspectos de integração comunitária na ação proposta; coerência da planilha orçamentária e do cronograma de execução; coerência das ações de difusão e democratização do acesso no cronograma, objetivos e metas; trajetória artística e cultural da banda; e compatibilidade da ficha técnica com as atividades desenvolvidas. Os grupos deverão ter conta em banco específica para o projeto onde serão depositados os recursos.
Tatiana Salomão informou ainda que o resultado do edital será divulgado até o final de setembro ou início de outubro. Após a assinatura dos contratos e dos termos de compromisso, além da publicação no Diário Oficial do estado, as bandas terão prazo de 180 dias (seis meses) para realizarem as apresentações. Mais informações sobre o edital podem ser obtidas no site da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro.
ABGC e EXPOMUS convidam para o (re)CONEXÕES – IBRAM
No próximo dia 17/10, o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) promoverá o evento online (re)CONEXÕES, realizado em parceria com a ABGC e a EXPOMUS. Uma oportunidade única para colaboração do setor museal na construção do Plano Setorial de Museus.
Conheça o (re)CONEXÕES
Lançado em janeiro de 2024, o Programa (re)CONEXÕES é uma retomada do Programa Conexões, lançado pelo Ibram ainda em 2012.
Nesta edição de 2024, o Programa tem como objetivo realizar uma consulta ampla, democrática e potente, visando coletar contribuições para a construção do Plano Nacional Setorial de Museus 2025-2035, documento de planejamento global e de longo prazo voltado ao setor museológico no Brasil.
Todas as contribuições, resultantes das discussões, serão sistematizadas e encaminhadas para votação e aprovação no 8º Fórum Nacional de Museus que será realizado em novembro deste ano.
Outras edições do Programa (re)CONEXÕES serão realizadas nas demais regiões do país, em parceria com os sistemas estaduais de museus e secretarias de cultura.
Link de Acesso: https://us02web.zoom.us/j/85183766154?pwd=nW68v2d1aS7JYVv13PbMJexS2VxljY.1
ID da reunião: 851 8376 6154
Senha: 253700
Utilize o link (https://abgc.org.br/wp-content/uploads/2024/10/Elaboracao-do-novo-Plano-Nacional-Setorial-de-Museus-2025-2035-orientacoes-gerais.pdf) e faça o download do Elaboração do novo Plano Nacional Setorial de Museus 2025-2035 onde irá encontrar as orientações gerais para compreender os eixos e escolher sua forma de participação.
DOE SEU IR, FAÇA PARTE DA RENOVAÇÃO DO MAM
O MAM Rio convida você a participar desse momento único para a instituição: um museu renovado para 2025. Você pode participar dessa história, doando parte do seu imposto de renda.
Apoie o MAM Rio e contribua com seu Imposto de Renda para o futuro da arte, educação e cultura no Brasil.
É fácil, é rápido, é legal!
*Pessoas físicas que fazem a declaração completa de IR podem destinar até 6% do valor devido para projetos culturais.
SAIBA COMO DOAR
www.mam.rio/doeseuir
Ibram publica edital para Comunicações Coordenadas do 8º Fórum Nacional de Museus
Via: Gov.br
O Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) publicou na tarde desta terça-feira, 1º de outubro, o edital de Chamamento Público Nº 19 que trata da seleção de trabalhos para apresentação nas Comunicações Coordenadas do 8º Fórum Nacional de Museus (8º FNM), que será realizado de 25 a 29 de novembro de 2024, em Fortaleza, Ceará.
As Comunicações Coordenadas são uma oportunidade para a apresentação de trabalhos técnicos e acadêmicos, realizados pela comunidade museológica, em torno do tema central do 8º FNM: “Democracia e Direito à Memória”. Os interessados devem submeter suas propostas conforme as modalidades especificadas no edital: apresentações orais e pôsteres.
Serão selecionados até 54 (cinquenta e quatro) trabalhos na modalidade Pesquisa ou Relato de Experiência, sendo até 24 (vinte e quatro) trabalhos no formato Apresentação Oral e até 30 (trinta) trabalhos no formato Pôster Digital, que sejam pertinentes ao tema do 8º Fórum.
O prazo para a realização das inscrições dos trabalhos será de 2 a 11 de outubro de 2024 e deverá ser feita pelo e-mail [email protected]. No ato de inscrição do trabalho, os autores deverão enviar ficha de inscrição preenchida, indicando a modalidade e o formato de apresentação ao qual deseja concorrer, juntamente com o resumo expandido do seu trabalho. Todos os critérios de seleção e as diretrizes para a submissão dos trabalhos estão detalhados no edital.
De abrangência nacional, o Fórum Nacional de Museus é um espaço importante para o aprofundamento das discussões sobre o setor museológico e para o intercâmbio de experiências entre profissionais do setor, sociedade civil, instituições de ensino superior, museus e órgãos de gestão museológica federais, estaduais e municipais.
Para mais informações sobre o 8º Fórum Nacional de Museus acesse: https://forum.museus.gov.br/
Patrimônio amazônico, Museu Goeldi celebra 158 anos
gência Museu Goeldi – Uma das instituições científicas mais antigas do Brasil, o Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) completa 158 anos de fundação no dia 6 de outubro. Popular, a instituição sesquicentenária comemora a data junto ao público, apresentando seus estudos, contando sua história, expondo a cultura material indígena contemporânea e convidando para vivenciar a natureza através da dança.
A programação, especialmente preparada para este fim de semana, dias 5 e 6 de outubro, tem o Parque Zoobotânico, base mais antiga e conhecida do Goeldi, como ponto de encontro aos que desejam se juntar nesta celebração.
Programação – No sábado (05), haverá Feira Científico-Cultural com exposição e venda de artesanatos indígenas e lançamento de livros editados pelo Museu Goeldi, além de conversas com os autores.
Conheça abaixo a lista de livros em destaque. Clique nos títulos para saber mais sobre a obras:
No domingo (06), dia de aniversário do Museu Goeldi, e também de eleições municipais, a entrada no Parque Zoobotânico será gratuita. Durante a manhã, às 9h, haverá Roda de Dança Circular, prática com forte conexão em tradições culturais e espirituais, organizada pelo grupo Ocara.
Em paralelo à roda de dança, os visitantes serão convidados a descobrir mais sobre a história do MPEG por meio de fotografias antigas vistas. Um ator, trajando roupas à moda antiga, convidará os visitantes que estiverem no Parque para este momento, realizado no Centro de Exposições Eduardo Galvão, onde estão em exibição as exposições Diversidades Amazônicas e Fóssil Vivo.
Na segunda-feira (07) a programação será interna, no Auditório Paulo Cavalcante, onde haverá homenagens aos servidores aposentados mas que continuam em atividade como voluntários da instituição e também aos servidores na ativa com longo tempo de atuação.
Um pouco de história faz bem pra memória – Fundado em 1866 como Museu Paraense de História Natural e Etnographia, tendo como primeiro diretor o naturalista brasileiro Domingos Soares Ferreira Penna, o Museu Goeldi nasceu com a missão de promover o conhecimento científico sobre a fauna, flora e povos amazônicos.
Em 1894, após a chegada do naturalista suíço Emílio Goeldi, que dirigiu a instituição até 1907, o Museu Paraense passou por uma ampla transformação, organizando novo setores e coleções, ganhando projeção internacional.
A figura de Emílio Goeldi é central para a história da instituição e para o desenvolvimento da produção de ciência na Amazônia. Em sua gestão, Goeldi implementou métodos científicos rigorosos e estabeleceu uma rede de colaboradores que incluía tanto pesquisadores brasileiros quanto estrangeiros.
Entre as grandes contribuições do naturalista, destaca-se a criação de coleções sistematizadas de animais, plantas e artefatos culturais da Amazônia, muitas das quais são mantidas até hoje. A coleção zoológica do Museu Goeldi, por exemplo, é uma das mais importantes da América Latina, reunindo mais de 4 milhões de espécimes. Além disso, ele estimulou a produção de obras científicas que documentaram pela primeira vez diversas espécies de fauna e flora da região, organizou a Biblioteca adquirindo uma coleção importante de obras e investiu na organização do Parque Zoobotânico, mobilizando o interesse da população em conhecer a natureza amazônica e os avanços da Ciência, tornando a ida ao Museu Paraense um hábito compartilhado por gerações e gerações de moradores e visitantes.
Goeldi também foi pioneiro na preservação dos conhecimentos indígenas e das populações tradicionais da Amazônia. Ele reconheceu a importância de documentar as línguas, costumes e práticas culturais dos povos indígenas da região, tendo sido essa perspectiva cultural e antropológica incorporada às atividades da instituição.
Bases – Hoje a instituição possui três bases físicas. Em Belém, mantém o Parque Zoobotânico, no coração da cidade, e um Campus de Pesquisa, na periferia. Já na Floresta Nacional de Caxiuanã, no Arquipélago do Marajó, possui um campus avançado, a Estação Científica Ferreira Penna.
Parque Zoobotânico – Fundado em 1895, sendo o mais antigo do Brasil no seu gênero. Além de abrigar uma significativa mostra da fauna e flora amazônicas, o Parque é o principal local das atividades educativas da instituição, funcionando como um laboratório para aulas práticas. A média de visitação anual do Parque Zoobotânico do Museu Goeldi é de 300 mil pessoas, incluindo dezenas de escolas e centros comunitários.
O Zoobotânico também é um abrigo de animais encaminhados pelos órgãos ambientais para se recuperarem, após serem vítimas de maus tratos, caça, comércio ilegal e do desmatamento.
Além da natureza viva e exuberante, o trajeto pelo Parque Zoobotânico do Museu Goeldi disponibiliza ao visitante o Aquário Jacques Huber, o aquário público mais antigo do Brasil, e o Centro de Exposições Eduardo Galvão. Atualmente as exposições em cartaz são Diversidades Amazônicas, Baleia à Vista e Fóssil Vivo, que utiliza a Realidade Virtual e Aumentada para apresentar animais extintos da época que a Amazônia era mar.
Com uma área de 5,4 hectares, situado no centro de Belém, no Parque Zoobotânico estão instalados a Diretoria do Museu Goeldi, as coordenações de Comunicação e Extensão, Administração e Museologia, os serviços do Parque Zoobotânico e Comunicação Social, além do Núcleo Editorial de Livros.
Campus de Pesquisa – Adquirido em 1978, a área do Campus de Pesquisa do Museu Paraense Emílio Goeldi abriga as coordenações de Pesquisa e Planejamento, laboratórios, 17 coleções científicas das áreas de botânica, zoologia, arqueologia, etnografia, linguística, paleontologia, minerais e rochas.
Também funcionam no Campus a Biblioteca Domingos Soares Ferreira Penna, o Arquivo Guilherme de La Penha, o Núcleo de Inovação e Transferência de Tecnologia (NITT) e os cursos de Pós-Graduação, que garantem a formação de recursos humanos de alto nível na região amazônica. A Prefeitura do Campus é responsável pela administração do espaço.
A instalação do Campus do Museu Goeldi no bairro da Terra Firme propiciou que a instituição desenvolvesse ações diversas de educação com os centros comunitários do entorno, parceria que se mantém há mais de três décadas.
Estação Científica Ferreira Penna – A Estação Científica Ferreira Penna (ECFPn) é uma base de pesquisas científicas do Museu Paraense Emílio Goeldi e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Implantada em 1993 na Floresta Nacional de Caxiuanã, no município de Melgaço, no Pará, conta com área urbanizada de 6 mil m² e área construída de 3 mil m². A Estação Científica tem por objetivo apoiar estudos sobre a sociobiodiversidade da Amazônia, além de atividades de educação em ciências e educação ambiental.
Na Estação, são realizados cursos de campo para alunos de graduação e pós-graduação, treinamentos de extensão rural para moradores de Caxiuanã e visitas orientadas. Como não existe linha regular de transporte para a Floresta Nacional de Caxiuanã, a Estação Científica possui um barco para transporte das equipes de pesquisa. Para facilitar a logística, o Museu Goeldi construiu uma casa na cidade de Breves (PA) com um trapiche onde o barco e demais embarcações aportam.
Texto: Marcelo Dias
Edição: Joice Santos
Serviço
Programação de Aniversário do Museu Goeldi
Local: Parque Zoobotânico do Museu Goeldi, Av. Governador Magalhães Barata, 376 – São Braz, Belém
Dia 05/10
Feira Científico-Cultural (exposição e venda de artesanato indígena, Lançamento de Livros e Conversa com Autores)
Horário: 9h às 12h
Local: Centro de Exposições Eduardo Galvão
Dia 06/10
Roda de Dança Circular com o Grupo Ocara
Horáro: 9h às 11h
Local: ao lado do Castelinho
Exposição de Fotografias Antigas do MPEG
Horário: das 10h às 12h
Local: Centro de Exposições Eduardo Galvão
Horário de funcionamento do Parque Zoobotânico
Dia 05/10 – 9h às 16h (bilheteria fecha uma hora antes).
Dia 06/10 – 9h às 13h (Horário especial em virtude das eleições municipais).
Entrada gratuita nesse dia.
Marina destaca responsabilidade de países do G20 liderarem combate à mudança do clima
Via: Agencia EBC
Ministra realizou abertura da reunião ministerial do GT de Sustentabilidade Ambiental e Climática do G20
Ministra Marina Silva realiza discurso de abertura na reunião ministerial do GT de Sustentabilidade Ambiental e Climática do G20
A ministra Marina Silva reafirmou nesta quinta-feira (3/10) que os países do G20 têm responsabilidade de liderar a resposta à emergência climática e a outras crises ambientais, como a da perda de biodiversidade, da desertificação e o aumento da poluição. A ministra discursou na abertura da reunião ministerial do Grupo de Trabalho de Sustentabilidade Ambiental e Climática do G20, no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro.
“Os países integrantes do G20 têm grande responsabilidade e a oportunidade de fazerem a diferença. Conjuntamente, representam mais de 80% do Produto Interno Bruto mundial, 80% da população mundial, assim como aproximadamente 80% das emissões globais de gases de efeito estufa. Por isso, devem ajudar a liderar o enfrentamento à crise climática, somada às demais crises ambientais em curso”, discursou Marina.
Leia aqui o discurso completo.
A ministra presidiu o encontro com ministros e vice-ministros de Meio Ambiente de 17 países, entre integrantes do G20, nações convidadas e representantes de organizações internacionais. A reunião foi precedida por discussões técnicas na terça (1º/10) e na quarta (2/10).
As discussões do GT de Sustentabilidade Ambiental e Climática do G20, um dos 15 da trilha de sherpas do fórum internacional, foram guiadas por quatro temas: adaptação à mudança do clima, oceanos, pagamento por serviços ambientais e economia circular e resíduos sólidos.
Além de uma declaração ministerial, o grupo coordenado por MMA e MRE produzirá quatro cadernos técnicos focados nos temas debatidos. Os documentos buscam embasar os chefes de governo do G20, que se reunirão em novembro no Rio, e qualificar o debate internacional questões relacionadas à sustentabilidade ambiental e climática.
“Destaco a maneira transversal com a qual o Brasil buscou tratar da pauta ambiental e climática durante sua presidência. O tema de enfrentamento à mudança do clima, por exemplo, foi debatido em mais de 12 grupos de trabalho, desde a Aliança Global contra a Fome e Combate à Pobreza até os grupos técnicos sobre infraestrutura e de prevenção de desastres”, disse a ministra.
A ministra destacou a necessidade de ação urgente e coletiva para combater a mudança do clima e a degradação ambiental, já sentidos em todo o mundo:
“O Brasil enfrentou uma enchente histórica na região Sul em 2024, que afetou diretamente 2,1 milhões de pessoas. Ao mesmo tempo, nas demais regiões de nosso país enfrentamos a situação inversa de uma seca intensa que afeta nossa produção agropecuária e coloca em alerta nosso sistema de produção de energia hidrelétrica. Nos biomas Amazônia, Cerrado e Pantanal, a estiagem recorde isola comunidades e cidades e provoca incêndios de enormes proporções”, declarou Marina.
O grupo de trabalho concordou com recomendações políticas para enfrentar vários dos desafios relacionados aos eixos debatidos, destacou a ministra. Entre eles, o grupo discutiu respostas para os impactos da mudança do clima, que afetam desproporcionalmente as populações mais vulneráveis.
“Propusemos de que forma o enfrentamento à emergência climática pode estar integrado nas estratégias de desenvolvimento e de financiamento, público e privado. Definimos estratégias para apoiar políticas nacionais de adaptação e de transição justa”, disse Marina.
Os países apoiaram a integração das ações baseadas no oceano nas metas climáticas e em seus planos nacionais de adaptação e mitigação, disse a ministra. Defenderam também a ratificação e a implementação do Acordo sobre Conservação e Uso Sustentável da Biodiversidade Marinha, aprovado em 2023.
No tema de pagamento por serviços ambientais, o GT reconheceu o potencial de preservação e de valoração dos serviços ecossistêmicos e a importância de mobilizar recursos públicos e privados. Destacaram também o papel dos povos indígenas e comunidades tradicionais na proteção de ecossistemas.
“No eixo de resíduos sólidos e economia circular, discutimos como aprimorar o desenho e a implementação de políticas específicas para a promoção de mulheres, catadores, povos indígenas e comunidades tradicionais. Reafirmamos a importância de gerar empregos de qualidade, reduzir a geração de resíduos e a perda de alimentos, impulsionando a transição para um modelo econômico mais justo, resiliente e sustentável”, afirmou Marina.
Os trabalhos do GT de Sustentabilidade Ambiental e Climática começaram oficialmente em janeiro, com reunião virtual. Em abril, houve encontro presencial em Brasília focado em oceanos e adaptação à mudança do clima. Em junho, os representantes reuniram-se em Manaus para debates sobre pagamentos por serviços ambientais e economia circular.
Parceria entre MinC e ENAP oferece curso gratuito sobre Sistema Nacional de Cultura
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Para orientar gestores públicos, conselheiros e agentes culturais de todo o país, a Escola Nacional de Administração Pública (ENAP), em parceria com o Ministério da Cultura (MinC), oferece um curso gratuito sobre o Sistema Nacional de Cultura (SNC). A proposta é apresentar aspectos teóricos e práticos para auxiliar na implementação, operacionalização e gestão participativa do SNC.
São 20 horas de carga horária dedicadas a compreender modelos de gestão e de institucionalização do Sistema, formas de implementação, além de apresentar os principais elementos para a criação de um sistema local de cultura.
O diretor do Sistema Nacional de Cultura do Ministério da Cultura (MinC), Junior Afro, avalia que o curso é um caminho para aproximar gestores e sociedade civil do tema. “A cultura é um direito fundamental, e sua gestão deve ser democrática e participativa. Este curso oferece uma oportunidade para que todos possam entender de forma prática e teórica as dimensões do SNC e isso ajuda a fortalecer os sistemas locais, em cada cidade. É mais uma ferramenta para garantir uma gestão cultural mais eficiente, permitindo pensar soluções para as demandas reais de cada região”, explicou.
Conteúdo
O curso é dividido em três módulos com os seguintes conteúdos:
● Módulo 1: Cultura e Políticas Culturais: o SNC como via de garantia dos direitos culturais
● Módulo 2: SNC: modelo de gestão e institucionalização para as políticas públicas de cultura
● Módulo 3: Institucionalizando e implementando um Sistema de Cultura
As inscrições estão abertas e podem ser feitas no site da Escola Virtual do Governo. Clique aqui para acessar.
O curso é aberto, gratuito e um certificado é gerado após a conclusão dos módulos. Qualquer pessoa pode participar, basta fazer o cadastro no site ou entrar com informações da conta pessoal do gov.br.
SNC
A Lei nº 14.835, de de 4 de abril de 2024, institui o marco regulatório do Sistema Nacional de Cultura para garantia dos direitos culturais, organizado em regime de colaboração entre os entes federativos para gestão conjunta das políticas públicas de cultura. O SNC está previsto na Constituição desde 2012, por meio da Emenda Constitucional 71. No entanto, ainda não havia uma regulamentação. O objetivo do SNC é a promoção do desenvolvimento humano, social e econômico com o pleno exercício dos direitos culturais.
Nova Parceria ABGC e MAM São Paulo: Descontos Exclusivos no MBA em Gestão de Museus e Inovação
Nova parceria entre a ABGC e o Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM São Paulo).
Essa colaboração reforça o compromisso de ambas as instituições com a promoção da educação e a valorização da cultura. Não perca a oportunidade de se inscrever e se beneficiar dessa novidade!
Termina no dia 31/07 prazo para contribuir com consulta pública sobre regulamentação das profissões do setor cultural
Técnicos em espetáculos de diversões fazem parte das categorias da cultura que serão atualizadas em novo decreto após consulta pública – Foto: EBC
rabalhadores e trabalhadoras da cultura que queiram contribuir com a atualização da lista de ocupações do setor regidas pela Lei 6533/78 têm até a próxima quarta-feira (31) para incluir sugestões na consulta pública aberta pelo Ministério da Cultura (MinC). O objetivo é definir quais funções de artistas e técnicos em espetáculos de diversões existentes na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) deveriam ser acrescentadas na legislação oficial sobre essas profissões.
O Decreto 82.385, de 1978, regulamenta as profissões de artistas e de técnicos em espetáculos de diversões e traz um anexo com funções em que se desdobram suas atividades. Domador de animais ferozes, homem-bala e outras profissões já em desuso no Brasil são algumas das opções presentes na lista.
A CBO é um cadastro oficial do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) que retrata a realidade das profissões do mercado de trabalho brasileiro. De acordo com levantamento prévio da Diretoria de Políticas para os Trabalhadores da Cultura, da Secretaria de Economia Criativa e Financiamento Cultural (Sefic) do Ministério da Cultura (MinC), há, ao menos, 180 ocupações técnicas diretamente ligadas ao setor cultural que constam nessa classificação, mas que não necessariamente estão no decreto.
Com as sugestões colhidas na consulta pública, o MinC vai elencar o que deve sair e o que deve entrar no anexo de um novo decreto, que será proposto à Casa Civil. “Para isso, será feito um estudo analisando todas as contribuições e também a realidade do mundo do trabalho real e atual”, explica o diretor de Políticas para os Trabalhadores da Cultura, Deryk Santana.
Participação ativa
A Consulta Pública sobre inclusão de profissões de artistas e de técnicos em espetáculos de diversões constantes do anexo do Decreto da Lei 6.533/1978 foi aberta em 30 de maio deste ano e já conta com mais de 700 contribuições. “Isso prova que há uma demanda reprimida sobre o assunto e que as pessoas que vivem o dia a dia da cultura querem ser reconhecidas e formalizadas, principalmente para garantir seus direitos sociais, trabalhistas e previdenciários”, comenta Deryk. A contribuição pode ser feita até a noite do dia 31 de julho.
Ibram abre processo seletivo para consultoria na modalidade produto para promover a conscientização e a educação sobre questões raciais
Via: Gov.br
Nesta quarta-feira (24), o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) abriu um processo seletivo para a contratação de consultoria na modalidade produto. A seleção tem como objetivo a contratação de consultoria especializada para promover a conscientização e a educação sobre questões raciais, contribuindo para a construção de uma sociedade mais justa e equânime de forma crítica e transformadora diante das desigualdades raciais.
Requisitos mínimos de qualificação:
Formação Superior:
Os interessados em concorrer à vaga devem possuir diploma de conclusão do curso de nível superior na área de humanas, fornecido por instituição reconhecida pelo MEC, com mestrado em Educação, História ou áreas afins.
Perfil profissional exigido:
Experiência comprovada em Educação, História e Cultura Afro-brasileira.
Experiência comprovada na organização de publicações de impressos.
Experiência comprovada em planejamento estratégico em atividades de educação.
Os candidatos deverão realizar o cadastro diretamente na página da OEI, até o dia 30 de julho.
Mais informações: https://www.gov.br/museus/pt-br/acesso-a-informacao/institucional/sobre-o-orgao/trabalhe-conosco/vagas-para-consultor