Ibram divulga o Relatório de Fiscalização de 2024

O Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) divulgou, na segunda-feira (23), o Relatório de Execução do Plano Anual de Fiscalização 2024, que descreve as ações de fiscalização empreendidas pelo Ibram ao longo do ano. Elaborado pela Divisão de Fiscalização do Ibram, o documento inclui as ações planejadas no Plano Anual de Fiscalização (PAF 2024) e as ações realizadas a partir de denúncias e solicitações externas.

Dentre as ações planejadas, as equipes de fiscalização do Ibram realizaram duas vistorias técnicas no último mês. No dia 9 de dezembro, o Museu de Arte Sacra da Universidade Federal da Bahia, em Salvador/BA, e no dia 21 de novembro, o Museu Universitário: Acervos Históricos, Artes – Pinacoteca e História Natural, da Universidade Federal do Acre – UFAC, em Rio Branco/AC. Na Bahia, os servidores do Ibram Tais Valente, Newton Fabiano Soares e Fabio Rolin foram acompanhados pela diretora do MAS-UFBA, Maria Hermínia Oliveira Hernández, e pela Coordenadora Geral do museu, Isabela Marques Leite de Souza.

Já em Rio Branco, a equipe de fiscalização composta pelos servidores Ricardo Alfredo de Carvalho Rosa e Adolfo Samyn Nobre foi recebida pelo Professor Dr. Gerson Rodrigues de Albuquerque, diretor do Museu Universitário da UFAC e demais integrantes da instituição. As duas equipes percorreram as instalações dos museus, tais como salas de exposições, espaços administrativos, laboratórios e reservas técnicas. Essas ações tiveram um caráter educativo e preventivo, e visaram ampliar o diálogo com os profissionais do setor, informando-os sobre recomendações técnicas voltadas para a preservação dos museus e coleções sob sua salvaguarda.

Durante o 8º Fórum Nacional de Museus (8º FNM), ainda em novembro, a realização do painel “Fiscalização museal: mitos, verdades e cooperação” promoveu o debate sobre o tema. Entre os pontos abordados estavam a alocação de recursos humanos e financeiros necessários ao desempenho das obrigações legais dispostas aos museus e a necessidade de avanços em articulações institucionais como o Conselho Federal de Museologia – COFEM e de seus Conselhos Regionais.

Além disso, os técnicos do Ibram participaram, na condição de ouvinte, da reunião autogestionada da Rede Brasileira de Coleções e Museus Universitários, ocorrida também no âmbito do 8º FNM. A participação do Ibram foi considerada oportuna, pois possibilitou aos técnicos do Instituto conhecer algumas demandas dos museus universitários e identificar interlocutores e possibilidades de interações.

Para a diretora do Departamento de Processos Museais (DPMUS/Ibram), Ana Carolina Gelmini, 2024 foi um ano em que a fiscalização museal ganhou o território nacional. “Nós conseguimos ampliar o diálogo sobre o tema, promovendo-o como um recurso estratégico de aprimoramento e qualificação dos nossos museus. Essa troca, ao final do ano, se mostrou enérgica e valorosa”, afirmou.

O Relatório de Execução do Plano Anual de Fiscalização 2024 e mais informações sobre a Fiscalização Museal estão disponíveis aqui.

MuseCom e MHJC integram plataforma nacional de acervos digitais

“Brasiliana Museus” reúne mais de 20 mil peças de museus brasileiros com acesso gratuito ao público

A ferramenta “Brasiliana Museus”, busca promover um ambiente digital voltado ao aprendizado, à consulta e à pesquisa. | Foto: Cesar Caramês / Divulgação / MuseCom / CP

O Museu de Comunicação Social Hipólito José da Costa (MuseCom) e o Museu de História Julio de Castilhos (MHJC), agora integram a plataforma “Brasiliana Museus”. A iniciativa busca preservar e democratizar o patrimônio cultural brasileiro, disponibilizando mais de 20 mil itens digitalizados de 23 museus de diversas regiões do País para consulta gratuita e on-line.

A ferramenta “Brasiliana Museus”, do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), promove um ambiente digital voltado ao aprendizado, à consulta e à pesquisa. O público, por meio de uma plataforma interativa, pode acessar documentos históricos, fotografias, objetos, obras de arte, dentre outras peças pertencentes às coleções de diferentes instituições de preservação da memória cultural.

A Sedac, por intermédio do Programa Acervos da Cultura, agregou ao projeto o acervo do MuseCom, que inclui peças históricas das áreas da comunicação, como imprensa, televisão e rádio, além das coleções do MHJC, que apresentam objetos relacionados à história do Rio Grande do Sul.

Para a coordenadora do Sistema Estadual de Museus do Rio Grande do Sul (SEM/RS) e diretora do MHJC, Doris Couto, a iniciativa demonstra o compromisso das instituições com a ampliação do acesso à cultura: “o MHJC tem trabalhado, desde 2019, para ter seu acervo on-line, por entender que esse não é apenas um meio de democratização, mas também um mecanismo de preservação. Ter nosso acervo integrado à plataforma ‘Brasiliana Museus’ é um passo significativo, que coroa o esforço de nossa equipe e promove a instituição”.

O diretor do MuseCom, Welington Silva, também enfatiza a importância do desenvolvimento de ações na conservação de acervos. “O trabalho na gestão de acervos digitais é um compromisso e um dever dos novos tempos. No MuseCom, avançamos sistematicamente em passos sólidos para uma maior dimensão de compartilhamento de conteúdo na internet, enquanto estruturamos infraestruturas de preservação que diminuam os riscos envolvidos na conservação desses acervos. Integrar nossas coleções à ferramenta era um passo estratégico para que pudéssemos reunir e condensar nosso acúmulo técnico junto de uma variada rede de todo o Brasil”, completa ele.

Sobre a “Brasiliana Museus”
Lançada em setembro de 2023, a “Brasiliana Museus” foi desenvolvida como uma ferramenta para integrar, coletar e difundir acervos digitais de museus ou de sistemas locais, como redes estaduais, municipais e universitárias.

‘Favelart’: com ações de arte e cultura, estudante da periferia de Fortaleza ajuda a melhorar o próprio bairro

Uma caixa de som, um microfone e um grupo de jovens disposto a usar esses instrumentos para propagar cultura e arte ali no meio de uma pracinha na periferia de Fortaleza. Vale cantar, recitar poesia, dançar, improvisar, ler, usar o microfone para protestar, falar daquele lugar, do que sobra e do que falta. É permitido se manifestar. Há oito anos, nasceu no Grande Bom Jardim, em Fortaleza, o Favelart, um coletivo formado por jovens que busca promover cultura e arte em um território da cidade historicamente estigmatizado.

Dentre esses jovens, está a estudante Ariadna da Silva Costa, hoje com 27 anos. Ela, moradora da comunidade Parque São Vicente, no bairro Canindezinho, um dos cinco que integra o Grande Bom Jardim (que engloba também a Granja Portugal, a Granja Lisboa, o  Siqueira e o Bom Jardim), há mais de 10 anos já idealizava fazer algo que pudesse auxiliar os jovens dessa área massacrada historicamente por preconceitos e dilemas sociais. 

Todos esses territórios estão classificados com Índice de Desenvolvimento Humano (IDHmuito baixo em Fortaleza.

volta”. São experiências de alunos egressos de escolas públicas estaduais do Ceará que, ao saírem desse espaço, e ingressarem em novos campos de estudo, como o ensino superior, retornaram às suas regiões de origem, territórios, bairros, desenvolvendo alguma iniciativa de impacto social positivo e compartilhando benefícios.

Passado esse tempo, Ariadna segue morando no mesmo território e essa atuação tem crescido. O Coletivo hoje realiza cineclubes para crianças, oficinas de arte-educação, rodas de conversa, saraus e feiras de empreendedorismo na mesma pracinha, a do Canindezinho, que há alguns anos viu esse jovens chegarem, movidos por inquietações sobre a realidade que os cercava.

 

 

Atualmente, cerca de seis integrantes, conta ela, participam do Coletivo Favelart atuam com “diversas áreas, que vão desde arte e cultura até direitos humanos e ambientais”. O grupo se reúne toda semana para programar as ações a serem realizadas.

Quando nasceu em 2016, o Favelart partiu de aspirações das juventudes dos bairros Canindezinho e Siqueira. A ideia, na época, relembra ela, era promover e facilitar o acesso à arte, cultura e educação para as crianças e adolescentes das regiões.

Mas, nesse processo, dois públicos foram olhados mais especificamente: a juventude frequentadora da Praça do Canindezinho e as crianças do Residencial Juraci Magalhães, no mesmo bairro. O conjunto habitacional, conta Ariadna que morou no local, foi entregue pelo Governo do Estado em 2011. Para lá, a gestão estadual levou dezenas de famílias removidas das margens do Rio Maranguapinho, que atravessa o Grande Bom Jardim.

 

No território, Ariadna estudou, na época, na Escola de Ensino Fundamental Ozires Pontes, (que hoje é também de Ensino Médio) e na etapa seguinte passou a estudar em outro bairro, na Parangaba, na Escola Eudoro Correia, que é da rede estadual.

“Depois disso, eu tentei ingressar em uma universidade particular com uma bolsa da própria faculdade. Porém, pelo fato de não estar no mercado de trabalho ainda, não ter um emprego formal e nenhuma renda formal, como também minha família não tinha, eu acabei perdendo a bolsa por conta de questões financeiras”.

Embora nessa época o acesso à universidade não tenha ocorrido, Ariadna não desistiu da ideia. E isso, além de uma aspiração pessoal, tinha um sentido coletivo. Enquanto a entrada no ensino superior não vinha, ela seguiu envolvida em projetos sociais no Grande Bom Jardim. 

Antes disso, ainda criança, desde os 7 anos era beneficiada por um projeto social, com aulas de balé. Desde essa época, ressalta, foi ressignificando a relevância de ajudar “pequenos desconhecidos”. Do balé, chegou ao Centro de Defesa da Vida Herbert de Souza (CDVHS), entidade do Grande Bom Jardim, que há 30 anos atua com lutas comunitárias e garantia de direitos humanos. Desde 2016, Ariadna é voluntária na instituição.

Na busca pelo ingresso na universidade, uma sensação era compartilhada. “Eu vi que precisava, de alguma forma, ter uma voz ativa dentro da comunidade. Aí eu e meus amigos buscamos estudar para o Enem. A gente dava força um pro outro porque a gente precisava estar dentro da academia, precisava absorver mais conhecimento para que a gente pudesse mudar a realidade do nosso território”.

Desse anseio vieram as buscas por informações sobre editais e políticas públicas de juventude. “Conhecimento de base para que a gente pudesse levar para os jovens da nossa comunidade e sabermos nos comunicar com eles. Mas sempre tentando falar da maneira que eles conseguem nos escutar”, acrescenta.

Atuação na comunidade

Quando o coletivo teve início, relembra Ariadna, os jovens se reuniam no fim da tarde na pracinha do Canindezinho “para trocar ideia”. Desses diálogos, brotavam várias inquietações: “por que que tem tanta coisa lá pelo Bom Jardim, pelo centro cultural, e aqui, na nossa extremidade, não tem? é que a gente pode fazer?”, recorda ela.

Segundo a estudante, nessa época, as ações eram muito concentradas na região do Centro Cultural Bom Jardim, equipamento cultural gerido pelo Governo do Estado. E o território habitado por ela e seus amigos fica a cerca de 5km da instituição.

“As ações eram muito voltadas para a área do CCBJ e tem muitos conflitos territoriais também que impedem que a gente venha de lá para cá e o pessoal vá daqui pra lá. Ficamos matutando essa ideia, como a gente poderia levar para o nosso território”, completa.

Foi aí que veio a ideia da caixa de som, microfone e ações na própria praça. A iniciativa é replicada até hoje, de forma mais aprimorada.

Frequentar esse equipamento público tão básico passou de desafiador para simbólico. É nele que até hoje os saraus do Favelart são realizados, com o intuito de “levar a arte e a cultura e alterar a violência da pracinha”. Não sem enfrentamentos. “Sempre que a gente falava de ir para praça ouvia: não vai porque é perigoso”.

Da primeira ação feita há 8 anos, com recursos apenas para divulgações em folha ofício e pincel, o trabalho persiste, apesar dos poucos recursos.

Coletivo realiza intervenções

O caminho escolhido foi o da arte, cultura, escuta, palco aberto e acolhimento, defende Ariadna. Na praça, as ações são voltadas para os jovens, os adultos, e para as crianças, muitas vezes, filhos desses jovens que foram pais e mães ainda na adolescência.

Desde 2024, o Coletivo atua com um edital do CCBJ voltado para grupos. Com isso, conseguiram recursos para dar continuidade ao projeto tanto de realização de saraus como de uma feira do empreendedorismo. Nessa última iniciativa, os empreendedores e artistas do bairro são convidados ao sarau para apresentarem seus trabalhos. Geralmente participam pessoas que vendem comidas e artesanato, conta.

Foi também da mobilização de diversos moradores do Grande Bom Jardim, incluindo os jovens do coletivo, que o Centro Cultural do Canindezinho, inaugurado em 2020, foi estruturado. O equipamento é da gestão municipal e teve grande demanda popular pela construção.

“Foi uma luta da juventude. Ele nasceu a partir da mobilização comunitária, um pouco depois do Favelart, para que a gente pudesse ter um centro cultural muito por conta da disputa de território”.

Há dois anos, Ariadna voltou ao ensino superior. Dessa vez, na faculdade de serviço social. O curso é em uma instituição particular e ela tem bolsa do programa do Programa Universidade para Todos (Prouni) do Ministério da Educação.

 

Voltar o olhar para o território, relata ela, é retornar para uma época em que ela era mais jovem e necessitava de apoio, pois problemas como bullying, falta de respeito e violência seguem sendo dramas experimentados pela juventude.

“É importante ouvir esses jovens para que a gente possa acolher, para que a gente não deixe eles morrerem. A gente não consegue sanar a violência que é maior que a gente. Mas, quando estamos trabalhando com os jovens vemos a necessidade que eles têm por serem de periferia. Às vezes, tem pais usuários de drogas, outros que os pais trabalham demais e o jovem está imerso na violência, e várias outras faltas. Tentamos mediar para que eles tenham pelo menos um pouquinho de qualidade de vida, para que olhem e pensem: eu também consigo”, reforça.

 

Créditos

Thatiany NascimentoRepórter
Davi RochaProdutor Audiovisual
Dahiana AraújoEditora de DN Ceará
Karine ZaranzaCoordenadora de Jornalismo
G. André MeloGerente Audiovisual
Ívila BessaGerente de Jornalismo
Gustavo BortoliDiretor de Jornalismo

Escolas Livres finalizam o ano de 2024 com formações e vivências artísticas e culturais em todo o país

A Rede Nacional é uma realização da Sefli MinC e reúne entidades que ofertaram cursos em oficinas em diversas linguagens

 

Foto: Instituto Educação, Cultura e Vida – GO

Projetos de valorização das culturais populares, cursos de iniciação musical, oficinas de ballet para crianças e adolescentes, formações em artes circenses, estudos teóricos e práticos em instrumentos de filarmônica, lançamento de livros produzidos por jovens indígenas, ensaios da dança maculelê e rodas de capoeira, oficinas de audiovisual com estudantes de escolas públicas, projetos de teatro com atores atípicos (PCDs e Neurodivergentes) e análises sobre a criação artística da cena funk. Com essa miscelânia de atividades formativas espalhadas por todo o Brasil, a Rede Nacional de Escolas Livres de Formação em Arte e Cultura, realização da Secretaria de Formação, Livro e Leitura (Sefli), finaliza o ano de 2024 com propostas que revelam a potência da política pública de cultura e educação do MinC, que conta com 68 organizações da sociedade civil ofertando conhecimentos diversos.

“Não há educação sem cultura. Ambas caminham em nossas vidas e devem andar juntas como políticas integradas. Dessa confluência, temos uma diversidade de espaços formativos que oferecem à sociedade civil atividades, por exemplo, em teatro, dança, circo, literatura, música, audiovisual, culturas populares, afro-brasileiras e indígenas”, afirma o secretário de Formação, Livro e Leitura do MinC, Fabiano Piúba.

“A Rede Nacional de Escolas Livres tem 68 organizações da sociedade civil fomentando a produção do conhecimento e de práticas pedagógicas que são inclusivas e diversas, trabalhando com as infâncias, com as comunidades indígenas, quilombolas, periféricas, enfim, uma grande variedade de ações, públicos e de metodologias”, aponta a Diretora de Educação e Formação artística da Sefli, Mariangela Andrade.

As Escolas Livres de Formação em Arte e Cultura foram selecionadas em 2023, via edital, organizadas em rede, e atuam em variadas linguagens da arte e da cultura. São instituições que estão desenvolvendo tecnologias socioculturais e educativas, experiências e práticas, gerando impactos sociais nos territórios onde atuam.

Conheça algumas ações e um breve balanço do ano de 2024:

Norte

Rio Branco (AC)
A Escola de Baques, do Instituto Nova Era de Desenvolvimento Socioambiental, promoveu, em 2024, múltiplas atividades educativas e culturais em Rio Branco, destacando a riqueza das tradições orais e musicais da região.

Ao longo do ano, a Baques, consolidou-se como um projeto essencial para a valorização das tradições culturais acreanas. Com atividades que uniram educação musical, práticas culturais e transmissão de saberes tradicionais, o projeto impactou diversas comunidades de Rio Branco, promovendo inclusão e preservação do patrimônio imaterial.

Entre os destaques das ações, temos: as Práticas Culturais com Saberes Tradicionais no Violão: Memórias e Melodias com Júlio Carioca; o Baile do Seringueiro: Aulas de Dança com a mestra Zenaide Parteira; o Curso Regular de Música do Polo Irineu Serra: Música e Intercâmbio Cultural, Polo Txana Bu: Jovens Indígenas em Contexto Urbano, a Escola Municipal Mestre Irineu Serra: Música no Cotidiano Escolar.
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Centro-Oeste

Goiânia (GO)
A Casa de Cultura da Juventude realizou, em 2024, ações culturais para promover a cidadania e o protagonismo social em Goiânia. A instituição ofereceu cursos de iniciação musical, arte urbana (grafite), danças urbanas (breaking) e audiovisual, com foco em pessoas em situação de vulnerabilidade social e baixa renda.

As atividades acontecem na periferia de Goiânia, no bairro do Jardim Guanabara, uma região historicamente marcada pela falta de equipamentos culturais e pela desigualdade social. A instituição atua de forma contínua ao longo do ano, oferecendo ações que atendem à comunidade de forma permanente e acessível.

Em 2024, a Casa de Cultura da Juventude expandiu suas atividades, incluindo novos cursos e oficinas, além de fortalecer parcerias com o poder público e a iniciativa privada. A instituição visa ampliar o impacto de suas ações, contribuindo para a formação de profissionais no campo artístico e cultural, e promovendo a inserção dos jovens no mercado de trabalho, incentivando a economia criativa em Goiás. Os cursos de iniciação musical, arte urbana (grafitti), audiovisual, aulas de danças urbanas (breaking) estão com inscrições abertas para novos participantes.
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Nordeste

Santo Antônio de Jesus (BA)
A Associação Filarmônica Carlos Gomes (Asficag), com o projeto Música que Transforma: Projeto “Sementes do Amanhã”, revitalizou, em 2024, a Cultura de Filarmônica em Santo Antônio de Jesus.

O projeto é voltado para 180 crianças, adolescentes e jovens adultos oriundos de escolas públicas, com idades entre 7 e 25 anos. Por meio de oficinas, ensaios e apresentações musicais, os participantes receberam formação teórica e prática em instrumentos de filarmônica, além de acompanhamento psicológico e pedagógico.

Com o “Sementes do Amanhã”, a meta é não apenas preservar, mas fortalecer essa tradição, aproximando os jovens de uma identidade cultural rica e histórica.

Com a proposta já em andamento, o projeto pretende, em 2025, ampliar, ainda mais, o número de participantes e realizar apresentações itinerantes nas escolas da região, levando a música filarmônica diretamente às comunidades. Outro plano em vista é a criação de um núcleo permanente de formação musical, garantindo que o aprendizado seja contínuo e sustentável.
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Ilhéus (BA)
A Escola Livre Thydewa, por meio do Projeto Abya Yala, em dezembro de 2024, lançou o seu segundo Ebook. Durante o ano, mais de 200 indígenas participaram de Cursos, Oficinas e Laboratórios com mais de 512 horas de aprendizagens. A Abya Yala está celebrando a culminância de seu primeiro ano de funcionamento.

Dentre os resultados alcançados, está disponível, de forma livre e gratuita, o segundo ebook produzido pela escola: “Cosmovisões de amor”, um livro colaborativo no qual participaram 44 indígenas pertencentes a muitas culturas da Abya Yala, atualmente enraizadas em seis países: Argentina, Brasil, Bolívia, Chile, Equador e Venezuela.

A Escola iniciou suas atividades oficialmente em janeiro de 2024 e sua oferta de cursos livres de curta duração em abril, tendo realizado já mais de 30 cursos e oficinas, laboratórios, pelos quais participaram mais de 200 indígenas e 141 chegaram a certificar seus aprendizados.

Entre os cursos oferecidos se destacam: realização audiovisual, ilustração, colagem digital, diagramação e escrita. Muitos dos materiais produzidos durante os Cursos foram editados coletivamente, e com curadorias coletivas compuseram 02 ebooks bem diferentes. A escola ofertou seus cursos online, por isso conseguiu contar com indígenas localizados em 10 estados da república federativa do Brasil pertencentes a mais de 20 etnias, além de indígenas de outros países. O programa contou com bolsas que viabilizaram a participação de alguns indígenas que, com o recurso da bolsa, por exemplo, pagavam sua conexão à internet.

O primeiro e-book pluricultural – “11.645 Indígenas e Diversidade para Paz” foi desenvolvido, durante seis meses, para ser uma ferramenta aliada no dia a dia das escolas, auxiliando educadores na incorporação da temática das Culturas Indígenas em suas práticas pedagógicas. Além de enriquecer o currículo escolar, o livro busca fomentar uma sociedade mais inclusiva, livre de preconceitos, racismos e violências. A obra está disponibilizada em português para download gratuito no site da ONG Thydêwá (https://www.thydewa.org/download).
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Coronel José Dias (PI)

Foto: Joaquim Neto
Foto: Joaquim Neto
Em 2024, a Associação do Instituto Olho d’Água, trouxe reflexões sobre ancestralidade, identidade cultural e respeito. No dia 13 de dezembro, a organização, realizou em suas dependências, no entorno do Parque Nacional Serra da Capivara, uma aula de capoeira com o Mestre Jack Voador e Nenêm Capoeira com o intuito principal de treinar, com as 60 crianças inscritas no curso, a dança maculelê, programação essa dentro dos objetivos do projeto Nosso Olho d’Água: Escola livre de arte e cultura. O maculelê é uma dança folclórica brasileira de origem afro-brasileira, que combina elementos de luta, dança e música, sendo tradicionalmente associada à cultura do candomblé e à capoeira. Originário da Bahia, o maculelê é executado por grupos de dançarinos que se revezam em movimentos ritmados, utilizando bastões ou facões, simbolizando uma luta entre guerreiros. A dança é acompanhada por instrumentos típicos, como atabaques e pandeiros, além dos cânticos que evocam a ancestralidade e a resistência cultural.
Informações: (89) 98102-0101 ou no e-mail: [email protected]
Meruoca (CE)
O Instituto Tapuia de Cidadania, Cultura, Meio Ambiente e Turismo ofertou, em 2024, formação em Audiovisual para Jovens de 14 a 29 anos. A iniciativa buscou oferecer capacitação em técnicas e práticas do audiovisual, estimulando a criatividade e preparando os participantes para atuar no mercado de trabalho. Em junho de 2024 teve início a primeira turma, formada por 20 jovens, e fim em outubro de 2024.

A formação abordou temas como roteiro, fotografia, trilha sonora, produção, edição, e acessibilidade, proporcionando aos jovens as ferramentas necessárias para a criação de produções audiovisuais. Além disso, a formação inclui aulas teóricas e práticas, com a orientação de profissionais experientes da área, para que os participantes possam desenvolver seus próprios projetos e explorar o seu potencial artístico e técnico. Este projeto, visa não apenas instruir os jovens nas áreas do audiovisual, mas também promover a inclusão digital, permitindo que os participantes tenham acesso a novas tecnologias e ampliem suas perspectivas profissionais.
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Macurure (BA)
Em dezembro de 2024, o Pelourinho, coração cultural de Salvador, recebeu uma celebração que uniu educação, arte e juventude: o Festival Estudantil TV Pelourinho. O evento destacou a produção artística e audiovisual de estudantes de escolas públicas e jovens atendidos pela TV Pelourinho, valorizando a criatividade e a diversidade.

A programação variada incluiu apresentações musicais, teatrais, desfiles, exibições de vídeos criados pelos alunos do projeto Eu Sou a TV Pelourinho, realização do Ministério da Cultura, por meio da Rede de Escolas Livres junto com a ONG Raso da Catarina e a TV Pelourinho, é um curso que utiliza o Audiovisual como instrumento de capacitação e geração de emprego e renda, destinado a formar uma nova geração de talentos no setor. Entre os momentos mais marcantes estiveram o espetáculo musical 2do7, com participações do grupo Olodum e do cantor Aloisio Menezes; o show Liê Obá – A Mulher Blues, com a cantora Lia Chaves; e as performances dos Novos Talentos da TV Pelourinho.

Além disso, o Projeto Eu Sou a TV Pelourinho formou 40 adolescentes e jovens no meio audiovisual, tornando-os multiplicadores e técnicos na criação de conteúdo e captação de imagem e vídeo. Na mostra dos vídeos curtos criados pelos alunos foram apresentadas temáticas que enfrentam o racismo e que ressignifica a imagem do preto no audiovisual, rejeitando estereótipos e reforçando brilho e beleza da população.
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Sudeste

Rubim (MG)
O projeto Sementes Musicais da Escola Livre de Música e Cultura da Vokuim atuou, em 2024, na promoção da inclusão cultural, na valorização das tradições regionais e no incentivo à criatividade dos jovens de Rubim e região. O Sementes Musicais: Escola Livre de Música e Cultura ofereceu iniciação musical com grupos de flauta doce, canto coral e prática coletiva.

O projeto criou, em 2016, a Banda Jovem Idelbrando Santana que é composta por jovens e adolescentes e já se apresentou em festivais na região e na capital mineira. A Escola Livre oferece formação integral em artes visuais, livro e leitura, capoeira e cultura digital, ampliando o acesso de crianças e adolescentes às diversas linguagens artísticas e à cidadania.
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Belo Horizonte (MG)

Foto: Fernanda Torquato
Foto: Fernanda Torquato
O Pé de Moleque, um projeto do Espaço de Cultura e Arte (ECA), ofereceu, em 2024, oficinas de ballet clássico para crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade socioeconômica, e tem transformado a vida de jovens ao proporcionar acesso à cultura e capacitação artística em uma das mais tradicionais formas de expressão: o ballet clássico. Além das oficinas de dança, o Pé de Moleque também ofereceu atendimentos com Assistente Social, buscando garantir o suporte necessário para que os participantes possam desenvolver-se não apenas artisticamente, mas também no âmbito social e emocional. A iniciativa tem como foco a formação integral dos jovens, proporcionando oportunidades que vão além do palco. Até julho de 2025, o projeto oferecerá um total de 160 oficinas de ballet, com uma carga horária mínima de 320 horas, garantindo uma formação completa e de alta qualidade para os participantes. Durante esse período, os jovens terão acesso a capacitação contínua, desenvolvendo técnica, disciplina e uma visão ampliada sobre o poder da arte como instrumento de transformação social.
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Ninheira (MG)
Em dezembro de 2024, aconteceu na zona rural de Ninheira (MG), o Festival Cultura, do projeto Cultura do Saber, realizado pela organização Associação Sementes do Vale, com o tema “Semeando no Sertão”.

Foram realizadas apresentações de circo, música, balé e artes visuais, protagonizados pelos alunos da instituição, tendo mais de 250 espectadores para acompanhar o desenvolvimento artístico de crianças e adolescentes das comunidades rurais do município. Ao todo, foram realizados 2hs de espetáculo, contando com mais de 10 apresentações locais.
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Sorocoba (SP)
Projeto Sorocaba Arte Viva levou, em 2024, música e transformação social para a região. A iniciativa da Associação de Eventos Culturais (ASSEC) em parceria com o Ministério da Cultura, beneficiou 200 jovens em situação de vulnerabilidade.

A ASSEC desenvolve o projeto Sorocaba Arte Viva, uma iniciativa que visa promover a inclusão social e cultural através da música em Sorocaba, Votorantim e Araçoiaba da Serra. O projeto beneficiará diretamente 200 jovens em situação de vulnerabilidade social, oferecendo 1.550 horas de aulas de música e realizando dois concertos.

A Orquestra Filarmônica Jovem de Sorocaba (Fila), composta por 40 músicos talentosos e reconhecida como “Ponto de Cultura” desde 2018, desempenha um papel central no projeto. Além de oferecer formação musical para 20 jovens músicos, a orquestra busca democratizar o acesso à música sinfônica e explorar o repertório.

O projeto também inclui a realização de palestras que engajarão cerca de 100 articuladores culturais, ampliando ainda mais seu impacto na região. Todas as atividades são oferecidas gratuitamente, garantindo acessibilidade.
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Rio de Janeiro (RJ)
Projeto Entre Lugares Maré, da Cia de Artes em Criação, apresentou, em dezembro de 2024, dois espetáculos gratuitos, no Museu da Maré. Fundado em 2012, o projeto apresentou, desde então, espetáculos aclamados pelo público e de sucesso, proporcionando outra perspectiva de vida aos jovens. Neste ano, o projeto iniciou nova turma, exclusiva para Jovens e Adultos Atípicos (PCDs e Neurodivergentes), moradores da Maré e do entorno.

Atualmente, vários alunos e ex-alunos do projeto seguem carreira profissional no teatro, cinema, TV e outras áreas técnicas. O Entre Lugares Maré oferece ao longo do ano, de forma gratuita, uma variedade de aulas envolvendo corpo, dramaturgia, dança, canto, atuação e atividades de criação artística e técnicas na área teatral.

Neste ano, com o início da turma para PCDs e Neurodivergentes, também foram realizados encontros de acolhimento e apoio à maternidade atípica.
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Rio de Janeiro (RJ)
Arte e Cultura transformam a vida de jovens de comunidades do Rio. Jovens de 14 a 21 anos, moradores de comunidades no Rio de Janeiro, receberam, em dezembro de 2024, o Certificado de Conclusão do projeto “Na Visão dos Crias”, que ofereceu oficinas gratuitas de Teatro, Podcast, Produção Audiovisual e Processos Artísticos.

A iniciava da ECOS, em parceria com o Ministério da Cultura, por meio da Rede Nacional de Escolas Livres de Formação em Arte e Cultura, ofereceu oportunidades de capacitação e inserção social aos participantes em situação de vulnerabilidade social. Os alunos, enquanto se preparavam para o mercado de trabalho, receberam uma bolsa-auxílio, o que também contribuiu para o engajamento da turma.

Os jovens também participam de visitas a pontos turísticos e culturais da cidade, como o Museu do Amanhã, o Museu de Arte do Rio e o Pão de Açúcar, vivenciando espaços e experiências muitas vezes incomuns ao cotidiano dos alunos.

As aulas, realizadas no Centro Social ECOS Taquara e na Arena Carioca Jovelina Pérola Negra, incentivaram uma produção artística diversificada, com alunos criando peças de teatro, filmes, documentários, entre outras expressões culturais, que abordaram suas próprias histórias e realidades das comunidades atendidas pelo projeto.
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Rio de Janeiro (RJ)
O #estudeofunk, programa de aceleração artística que fomenta a cultura do funk carioca e profissionaliza artistas da nova cena musical, realizou, em 2024, nova fase em formato de residência continuada na sede do hub criativo, na Fundição Progresso.

A idealização e realização é da Fundição Progresso e Viva Brasil. Batizada de “Mete Marcha – Encontros, Conexões e Processos Avançados de Criação”, a temporada ofereceu, em 2024, encontros para os artistas do projeto com o objetivo de aprofundar processos criativos e também participaram de encontros com artistas convidados, realizando lançamentos musicais, ativação de shows de música e dança, eventos, produtos audiovisuais e também ampliaram o olhar para a acessibilidade, com a criação de clipes audiovisuais em Libras, inseridas na obra de forma artística, além de outras ações de inclusão.

A residência artística continuada é voltada para MC’s, beatmakers e dançarines que já participaram dos Ciclos I, II e III da primeira edição do projeto, realizada nos anos de 2022 e 2023, e teve como objetivo dar continuidade no aprofundamento de pesquisa em suas carreiras e manter ativa a rede de conexões entre artistas que o ambiente do #estudeofunk oferece.

Foram selecionados 70 integrantes, que tiveram acesso gratuito para participar do programa no período de fevereiro a junho de 2024. A residência continuada promoveu, durante 5 meses, uma rotina semanal de encontros e trocas aprofundadas sobre o universo da criação artística e do mercado da música e da dança na cena funk, fomentando a conexão entre artistas que, a partir dessa vivência, ampliam a visão estratégica, estética e conceitual de seu trabalho.
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Sul

Jaraguá do Sul (SC)
Saraus dos alunos do projeto da Sociedade Cultura Artística (Escola SCAR) de Criatividade aconteceram, em 2024, em seis cidades catarinenses. As oficinas, que tiveram duração de 12 semanas, aconteceram nas cidades de Jaraguá do Sul, Guaramirim, Pomerode, São Bento do Sul, Schroeder e Massaranduba.

O projeto Escola SCAR de Criatividade, que iniciou no segundo semestre de 2024, propõe o envolvimento de jovens entre 13 e 18 anos, matriculados na rede pública ou privada de ensino, com as possibilidades do mundo artístico e cultural, oferecendo um caminho de desenvolvimento pessoal e iniciação profissional na economia criativa. As oficinas têm 12 semanas de duração e acontecem em seis cidades catarinenses.

Em Jaraguá do Sul, os estudantes tiveram aulas de criação literária, moda e produção cultural, em Guaramirim acontecem aulas de artes visuais e moda, Pomerode e São Bento do Sul conta com aulas de artes visuais, o município de Schroeder tem aulas de artes visuais e teatro, e em Massaranduba acontecem aulas de artes visuais.
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Curitiba (PA)

Foto: Capac
Foto: Capac
Um projeto de capacitação profissional para professores de circo tem movimentado centenas de agentes culturais de todo o país. A iniciativa promovida pelo Instituto Social M&C em parceria com o Circocan busca alavancar o conhecimento e possibilidades profissionais de educadores circenses. O projeto teve início em setembro de 2024 com a realização da primeira turma on-line, com módulo introdutório gratuito. Na fase seguinte contemplou bolsistas de 17 estados do Brasil para uma qualificação presencial com duração de uma semana. A segunda turma que finaliza o calendário do projeto e acontece em dezembro (online) e janeiro (presencial), mostra os números expressivos da iniciativa. No total foram quase mil inscritos dentre todas as etapas, com a certificação de cerca de 400 professores. O destaque fica para a qualificação presencial do projeto, etapa do curso que reúne no Centro de Treinamento Circocan agentes multiplicadores de conhecimento, bolsistas selecionados de todas as regiões brasileiras, com metade das vagas reservadas para pessoas negras e indígenas. A iniciativa evidencia a força do circo brasileiro, com representantes de todos os estados e regiões do país, mostrando a importância de projetos formativos para desenvolvimento dos agentes culturais.
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Primeiro dia 8º Fórum Nacional de Museus reuniu cerca de mil participantes

Na segunda-feira, 25 de novembro, a capital cearense deu início ao 8º Fórum Nacional de Museus, evento de grande importância para o setor museológico brasileiro, que contou com a presença da ministra da Cultura, Margareth Menezes; a presidenta do Ibram, Fernanda Castro; o reitor da Universidade Federal do Ceará, Custódio Almeida; a Secretária Cultura do Estado do Ceará, Luisa Cela; o representante da Petrobras Cultural, Eduardo Fonseca Meireles, entre outros nomes importantes para a museologia.

Na solenidade oficial de abertura, a presidente do Ibram disse se tratar de um dia ansiosamente esperado por todos. “Depois de sete anos de espera, uma ameaça de extinção, uma pandemia e de um governo inominável, nos encontramos novamente para construir política cultural deste país”.

Aos colegas servidores do Ibram, Fernanda Castro dedicou gratidão, admiração, compromisso e orgulho, reforçando o potencial da mais jovem autarquia do Ministério da Cultura: “Enquanto setor, comprovamos que somos gigantes”. Ela também destacou que as políticas do setor de museus e memórias são feitas de baixo para cima e que o Fórum Nacional de Museus é um foro privilegiado de debates e construção dessas políticas pelos agentes de memória, instituições e pelo poder público.

Fernanda informou, ainda, que durante o Fórum haverá a apresentação dos resultados das consultas públicas de criação do sistema de participação social do Ibram e sobre a política de economia de museus. E anunciou o lançamento de novos dispositivos e plataformas de participação da sociedade civil, do cadastro de Pontos de Memória, entre outras iniciativas. “Essa é a nossa principal diretriz: fazer políticas de museus, para os museus e com os museus, com os agentes do campo de forma participativa e democrática e sabemos o tamanho do desafio”, declarou.

A ministra Margareth Menezes afirmou que o tema desse Fórum, que é Democracia e Direito à Memória, reforça o papel da Cultura e dos esforços dos espaços museais para o seu fortalecimento. “No cenário em que nos encontramos, precisamos resistir e investir na defesa da consolidação da democracia no nosso país. O setor museal existe para além de 4 mil museus e pontos de memórias já mapeados, mas é formado também por uma rede de movimentos coletivos para desenvolver ações que são construídas há mais de dois séculos no nosso país”, relatou.

Ela afirmou também que o Sistema Brasileiro de Museus tem sido a retomada do fortalecimento da participação social no processo de construção, debate, reflexão e implementação de políticas públicas. “A partir do Plano Nacional Setorial de Museus, poderemos ter uma maior aderência com outras políticas, como a Lei de Rouanet e a Política Nacional Aldir Blanc, garantindo que os recursos sejam distribuídos de maneira mais eficiente, com mais atenção para as necessidades dos museus e dos pontos de memórias, com seus territórios e suas comunidades”.

A ministra reforçou que para a área museal, a presidente Fernanda Castro tem mostrado uma gestão ativa, ampliando e fortalecendo as ações de parceria do Ibram e também a parabenizou pela iniciativa de realização do Fórum de estar ocupando diversos espaços da cidade de Fortaleza. “Esse é um grande diferencial, quando se consegue envolver a sociedade com uma ação de cultura com essa dimensão”.

A cerimônia oficial da abertura ocorreu no início da noite, mas outras atividades foram realizadas ao longo do dia, reunindo os cerca de mil participantes, num público composto de profissionais de museus, gestores, pesquisadores e estudantes da área.

O novo PNSM

O dia começou com a palestra “O novo Plano Nacional Setorial de Museus e a consolidação do Sistema Brasileiro de Museus”. Na palestra realizada no Cine Teatro São Luiz, a presidenta do Ibram, Fernanda Castro, destacou para um auditório lotado que o PNSM será a principal entrega do evento: os participantes irão construir e votar a proposta final do Plano, que será válido de 2025 a 2035.

A minuta do plano foi elaborada coletivamente, ao longo de quase 5 meses, a partir de contribuições de 34 eventos realizados em 21 estados e em 13 reuniões autogestionadas de associações, redes, movimentos, instituições de ensino e museus. “Essa construção democrática mobilizou cerca de 1.300 participantes e resultou em mais de 700 contribuições ao PNSM, o que demonstra de modo inequívoco a força, a mobilização e a capacidade de formulação do setor museal brasileiro”, destacou Fernanda. Para ela, a minuta é um documento “forte, coerente e sintético” que reflete o que a sociedade está demandando: “A gente quer museus democráticos, mas também museus democratizantes, que atuem para um mundo mais justo e igualitário”.

Teia da Memória

No período da tarde do 8º Fórum Nacional de Museus, foi realizada a V Teia da Memória, com o tema central de fortalecimento da participação social. Os integrantes da mesa reforçaram que a memória não é apenas um direito, mas também um dever a ser garantido pelo Estado.

Ao falar sobre a Política Cultura Viva, João Pontes destacou a quebra de paradigma que essa normativa proporcionou, uma vez que partiu do entendimento que todos nós somos seres culturais. Nesse sentido, o papel das políticas públicas do setor não seria o de levar a cultura para o território e, sim, reconhecer e valorizar agentes culturais.

O segundo convidado, Alexandre Gomes aprofundou o debate sobre a participação popular e mostrou como a questão está sendo tratada no âmbito institucional pelo Ibram. Em sua apresentação, mostrou a proposta de constituição do Sistema de Participação Social, que abarca desde a criação de colegiados e conselhos à sistematização de normativas para o campo museal.

Uma nova ferramenta presente na plataforma MuseusBr, desenvolvida pelo Ibram, foi apresentada no evento. Agora, a página passa a ser um repositório importante de informações sobre 494 pontos de memória brasileiros. O resultado do trabalho de recuperação e integração desses dados antes dispersos e, em boa parte, inacessíveis ao público em geral pode ser consultado por meio do link cadastro.museus.gov.br.

Democracia e direito à memória

Logo após a cerimônia oficial de abertura, foi realizada a mesa-redonda “Democracia e direito à memória”, que contou com a participação de Maria das Graças Alves Santana, servidora aposentada do Museu Paraense Emílio Goeldi e membra da Coordenação do Fórum de Museus da Amazônia; – Daiara Tukano, artista Visual, mestre em Direitos Humanos e conselheira Nacional de Cultura representando os povos indígenas; Ana Paula Feminella, da Secretaria Nacional de Direito da Pessoa com Deficiência; e, Jones Fernando, educador e militante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra.

Fruto de uma parceria entre o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), a Universidade Federal do Ceará (UFC) e a Secretaria da Cultura do Estado do Ceará (Secult), o 8º Fórum Nacional de Museus é um projeto financiado pela Lei do Incentivo à Cultura e patrocinado pela Petrobras, por meio do Programa Petrobras Cultural, e pelo Instituto Cultural Vale.

Com uma programação diversificada, o 8º Fórum Nacional de Museus se estenderá até a sexta-feira, 29 de novembro, ocupando diversos equipamentos culturais da cidade de Fortaleza, e promete ser um espaço de troca de experiências e de fortalecimento das políticas públicas para os museus brasileiros.

Mais informações sobre o 8º Fórum Nacional de Museus no PDF abaixo:

https://abgc.org.br/wp-content/uploads/2024/11/Atualizado.-2024-21-11-8FNM-Guia-do-Participante-1.pdf

 

MinC realiza Seminário Internacional sobre Cultura e Mudança do Clima e última reunião do GT de Cultura do G20, em Salvador

Eventos, liderados pela ministra Margareth Menezes, acontecem entre 4 e 8/11 e terão a participação de autoridades e ativistas mundiais

 

Via: gov.br

Começa nesta segunda, 4, às 9h30, o Seminário Internacional sobre Cultura e Mudança do Clima, evento realizado pelo Ministério da Cultura (MinC), no Centro de Convenções Salvador. O objetivo principal é debater o papel vital do setor cultural para o enfrentamento das alterações no clima, reunindo experiências nacionais e internacionais de ações climáticas baseadas na cultura. Na abertura, o Seminário contará com a presença das ministras da Cultura, Margareth Menezes, do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara e do Governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues.

O seminário segue até terça 5 e nos dias 6 e 7, o MinC realiza uma série de oficinas sobre o tema no Museu de Arte da Bahia (MAB). O evento é uma realização do MinC em parceria com Unesco e a OEI, com apoio do Governo da Bahia, da prefeitura de Salvador, do BYD, da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), Universidade Federal da Bahia (UFBA) e patrocínio do Youtube.

 G20

Já entre os dias 5 e 8 de novembro acontecem, no Centro de Convenções Salvador, a 4ª Reunião Técnica do Grupo de Trabalho de Cultura e a Reunião de Ministros de Cultura do G20. É a etapa final de uma série de debates entre os países membros e convidados e organizações internacionais sobre pontos prioritários na agenda da presidência brasileira no grupo composto por 19 países com as maiores economias do mundo, além da União Europeia e da União Africana. A ministra Margareth Menezes participa das atividades realizadas no Centro de Convenções Salvador.

Durante os dias de evento, as equipes seguem com as discussões sobre os quatro eixos temáticos: Diversidade Cultural e Inclusão Social; Direitos Autorais e Ambiente Digital; Economia Criativa e Desenvolvimento Sustentável e Preservação, Salvaguarda e Promoção do Patrimônio Cultural e da Memória.

“A cultura precisa ser encarada como área estratégica em todas as dimensões, pois tem papel central nas políticas de desenvolvimento social de qualquer país. Ao dialogarmos com representantes de delegações dos países membros do G20 mostramos ao mundo o potencial transformador da cultura na sociedade, seu impacto na economia e no desenvolvimento sustentável e inclusivo”, destaca a ministra.

Mais de 120 autoridades estão credenciadas para o encontro na capital baiana. Entre elas estão os Ministros da Cultura da Espanha, Alemanha, Índia, Arábia Saudita, Emirados Árabes, Indonésia, Angola, África do Sul, União Africana, Vice-Ministro adjunto da Rússia, Vice-Ministro do Japão, Vice-Ministro da Coreia do Sul, Vice-Ministro da China, Vice-Ministro de Portugal. Somam-se a eles o Embaixador da União Europeia, a Embaixadora de Singapura, o Embaixador da Noruega, o Diretor-Geral adjunto da Unesco, a presidente do Conselho Internacional de Monumentos e Sítios (ICOMOS), a presidente do Conselho Internacional de Museus (ICOM) e a Diretora-Geral do Centro Regional para o Fomento do Livro na América Latina e o Caribe (CERLALC).

A reunião do G20 da Cultura em Salvador é uma realização do MinC, da Organização de Estados Ibero-Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura no Brasil (OEI) e da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Conta com o apoio do Governo da Bahia e da Prefeitura Municipal de Salvador e parceria da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB).

Credenciamento de imprensa

Só poderão participar das atividades, profissionais de imprensa credenciados neste link.

O credenciamento para o seminário é feito no mesmo cadastro que o da reunião de GT de Cultura do G20. Para fazer seu credenciamento escolha o evento “SALVADOR – Culture Ministerial Meeting”.

As credenciais devem ser retiradas no Centro de Convenções Salvador a partir de 8h do dia 04/11.

Mais informações, acesse.

Serviço
Reunião de Ministros de Cultura e do Grupo de Trabalho de Cultura do G20

Data: 5 a 8 de novembro (terça a sexta-feira)
Local: Centro de Convenções Salvador
Endereço: Avenida Octávio Mangabeira, nº 5.490, Boca do Rio, Salvador (BA)

Seminário Internacional sobre Cultura e Mudança do Clima
Data: 4 e 5 de novembro
Horário: 9h às 19h
Local: Centro de Convenções Salvador
Endereço: Avenida Octávio Mangabeira, nº 5.490, Boca do Rio, Salvador (BA)

Oficinas sobre Cultura e Mudança do Clima
Data: 6 e 7 de novembro
Horário: 9h às 19h
Local: Museu de Arte da Bahia (MAB) - Av. Sete de Setembro, 2340 – Corredor da Vitória, Salvador (BA)

Programação G20:

Terça-feira (5/11)
Reuniões técnicas

Quarta-feira (6/11)
Reuniões técnicas

Quinta-feira (7/11)

Reuniões técnicas

Sexta-feira (8/11)

Reunião Ministerial
Reuniões bilaterais
Atividade cultural na Concha Acústica

Programação completa – Seminário Internacional sobre Cultura e Mudança do Clima

4 de novembro (segunda-feira) 

9h – 9h30

Boas-vindas / Credenciamento 

9h30 – 10h30

Mesa de abertura institucional
Ministra da Cultura, Margareth Menezes
Ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva
Ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara

Governador da Bahia Jerônimo Rodrigues
Unesco, Isabel de Paula
OEI, Rodrigo Rossi

10h30 – 12h30

Painel 1
Abertura / Opening
Crise climática, uma crise de imaginação
Climate crisis, a crisis of imagination
Alison Tickell (Reino Unido)
Kumi Naidoo (África do Sul)
Marcele Oliveira (Brasil)
Karina Larsen (Suécia)
Tomas Saraceno (Argentina)

14h – 15h30

Painel 2
Construindo um setor cultural pós-combustíveis fósseis
Powering a cultural sector post-fossil fuels

Carlota Mingolla (Brasil)
Erminia Sciacchitano (Itália)
Taina de Paula (Brasil)
Roberta Martins (Brasil)

16h – 17h30
Painel 3
COP: Colocando a cultura no centro da ação climática
COP: Putting culture at the heart of climate action
Alia Al Hazami (Emirados Árabes)
Jeyran Jafarova (Azerbaijão)
Inamara Melo (Brasil)
Úrsula Vidal (Brasil)
Jean Ferreira da Silva (Brasil)
Márcio Tavares (Brasil)

5 de novembro (terça-feira)

9h – 10h30
Painel 4
Cultura, cosmologias e clima: construindo pontes entre cosmovisões para um futuro sustentável
Bridging worldviews for a sustainable future: culture, cosmologies and climate
Daniel Munduruku (Brasil)
Patrícia Pinho (Brasil)
Fabio Scarano (Brasil)
Tomas Saraceno (Argentina)
Bruno Monteiro (Brasil)

11h – 12h30

Painel 5
Reimaginando instituições culturais para a ação climática
Reimagining cultural institutions for climate action
Rosa Ferré (Espanha)
Ricardo Piquet (Brasil)
Emma Nardi (Itália)
Ziel Karapotó (Brasil)

Painel 6
Criatividade e narrativa: moldando percepções e impulsionando a ação climática
Creativity and narratives: shaping perceptions and climate storytelling
Estela Renner (Brasil)
Cristiane Fontes (Brasil)
Georgia Nicolau (Brasil)
Graciela Guarani (Brasil)
Erika Alvares (Brasil)

14h – 15h30
Painel 7
Tecendo a justiça climática nas artes e na cultura
Weaving climate justice into arts and culture
Andrea Coutinho Louback (Brasil)
Dra. Nikoosh Carlo (USA)
Thimali Kodikara (Reino Unido)
Márcia Rollemberg (Brasil)

Painel 8

Redução de emissões: criando um setor cultural ambientalmente responsável
Reducing emissions: creating an environmentally responsible cultural sector
Jacob Bilabel (Alemanha)
Susannah Tantemsapya (Tailandia/USA)
Potyra Lavor (Brasil)
Lucimara Letelier (Brasil)

16h – 17h30

Painel 9
Artivismo: o poder das artes e da cultura na mobilização cidadã
Artivism: the power of arts and culture in mobilizing citizenship
Mundano (Brasil)
Kumi Naidoo (África do Sul)
Iminza Mbwaya (Quênia)
Maria Marighella (Brasil)

Painel 10

Cultura na construção de resiliência urbana
Culture shaping urban resilience
Kunlé Adeyemi (Nigéria)
Dra. Cristina Garzillo Leemhuis (Itália)
Marina Marçal (Brasil)
Isabel de Paula (Brasil)
Cecília Sá (Brasil)

18h – 19h30

Painel 11 (Encerramento / Closing panel)
Mudança do clima: futuros possíveis para o patrimônio e a cultura
Climate change: enabling futures for heritage and culture
Dorine Dubois (França)
Ana Mambuca (Brasil)
Dr. Adnan Aljaber (Arábia Saudita)
Leandro Grass (Brasil)

Outras informações 
Assessoria de Imprensa MinC
Sheila de Oliveira
(31) 99246-2687

Tesouros jamais vistos: as imagens de novo museu no Egito inaugurado após investimento de US$ 1 bilhão

Via: Epoca Negócios

Quando for totalmente aberto, novo museu exibirá mais de 100 mil objetos da antiga civilização egípcia — incluindo tesouros nunca antes vistos do túmulo do Rei Tutancâmon.

 

O Grande Museu Egípcio, junto às pirâmides, foi parcialmente aberto nesta terça-feira (15/10) no Cairo após um investimento multimilionário, 20 anos de obras e um longo atraso.

As primeiras 12 galerias do megamuseu que custou ao Egito mais de US$ 1 bilhão (mais de R$ 5,6 bilhões), com a ajuda de empréstimos do Japão, estão agora abertas ao público.

BikeCine une cultura e sustentabilidade com exibições ao ar livre

Via: Cruzeiro do Sul

Energia das pedaladas traz as imagens à tela em uma experiência que une cultura e sustentabilidade (Crédito: DIVULGAÇÃO)

No sábado (19) a Praça da Cultura de Alumínio se transformará em um cinema ao ar livre, onde o público se tornará parte essencial da experiência. O BikeCine, um projeto inovador e itinerante, une cinema, cultura e sustentabilidade em uma proposta única. A entrada é gratuita, e as sessões prometem diversão para todos.

Durante a programação, os espectadores poderão desfrutar de uma seleção de curtas-metragens com recursos de acessibilidade, seguida da exibição do longa “Nosso Sonho”, que narra a emocionante trajetória da famosa dupla brasileira Claudinho e Buchecha. Os ingressos estarão disponíveis para reserva online no site do BikeCine e também serão distribuídos presencialmente, uma hora antes do evento.

O mais interessante é que é possível assistir aos filmes acomodado em cadeiras ou pedalando nas bicicletas fixas e nas estações disponíveis, gerando energia que ilumina a projeção. Ao pedalar, todos contribuem diretamente para a exibição das imagens, tornando-se protagonistas do evento. São 12 bicicletas fixas e quatro bases para que o público traga suas próprias bikes, além de um “pedal de mão” acessível para crianças e pessoas com mobilidade reduzida, garantindo que todos possam participar. A energia gerada é consumida em tempo real, e um sinalizador exibe a carga de energia, incentivando a pedalada contínua para manter a exibição em movimento. Quanto mais rápido se pedala, mais cenas aparecem na tela, criando uma atmosfera colaborativa e envolvente.

A projeção dos filmes acontece em uma tela inflável da Airscreen, que oferece uma qualidade de imagem superior, garantindo uma experiência cinematográfica única ao ar livre. A proposta é proporcionar entretenimento e promover uma reflexão sobre sustentabilidade e mobilidade, tornando a experiência ainda mais enriquecedora. (Da Redação)

SERVIÇO

BikeCine em Alumínio
Data: sábado, 19 de outubro
Horário: 19h (sessão de curtas) e 19h40 (longa-metragem)
Endereço: Praça da Cultura, Vila Industrial, Alumínio
Ingressos: Entrada gratuita (50% dos ingressos reservados online e 50% distribuídos presencialmente uma hora antes)

Secretaria de Cultura do RJ lança edital exclusivo para bandas de rock

Serão contempladas 30 bandas, que receberão R$ 50 mil, cada

© Divulgação/Secec RJ

A Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro (Secec-RJ) lançou edital destinado a bandas de rock. Serão contempladas 30 bandas em todo o estado, que receberão R$ 50 mil cada, totalizando investimento de R$ 1,5 milhão. As bandas devem ter composições originais, isto é, músicas autorais.

“É uma demanda do segmento de música, de grupos e coletivos de rock que procuraram a secretaria já há algum tempo, solicitando um edital específico”, destacou a presidente da Comissão de Seleção da Secec, Tatiana Salomão, em entrevista à Agência Brasil. As inscrições para o edital Esse Tal de Rock’n Roll podem ser feitas até o dia 12 de agosto, no site cultura.rj.gov.br/desenvolve-cultura.

O edital é voltado para a circulação de shows de bandas autorais de rock. “Não pode ser bandas cover, que é para valorizar os coletivos independentes também”, destacou Tatiana. Os grupos têm que apresentar propostas de realização de shows em, pelo menos, dois municípios fluminenses, para comprovar a circulação. Durante as apresentações, os grupos podem tocar uma ou outra música de bandas famosas, mas o show não pode ser inteiro de cover. “A gente acredita que vai ter um número grande de inscritos”, disse a presidente da Comissão de Seleção.

As propostas devem conter o portfólio das bandas com as comprovações das apresentações que já fizeram, postagens em redes sociais, se já ganharam algum prêmio, se participaram de festival, se já fizeram gravação. “Tudo isso tem que estar no portfólio deles, com os links de comprovação funcionando em modo público para permitir o acesso, com datas”, explicou.

Pessoa jurídica ou MEI

Tatiana acrescentou que o proponente deve ser pessoa jurídica ou microempreendedor individual (MEI). Um único Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) pode estar representando a banda. Não precisa ser um CNPJ da banda, mas de seu representante. A banda pode contar, também, em sua equipe, com profissionais técnicos e artísticos direta ou diretamente envolvidos na elaboração e execução da proposta.

A secretária de Estado de Cultura e Economia Criativa, Danielle Barros, destacou o papel fundamental do rock para a cultura, tanto em termos de representatividade histórica, como de relevância musical. “Vamos celebrar e premiar bandas autorais por todo o Rio de Janeiro.”

Para avaliação das propostas, serão julgados critérios de qualidade do projeto; relevância da proposta para o cenário cultural do estado; aspectos de integração comunitária na ação proposta; coerência da planilha orçamentária e do cronograma de execução; coerência das ações de difusão e democratização do acesso no cronograma, objetivos e metas; trajetória artística e cultural da banda; e compatibilidade da ficha técnica com as atividades desenvolvidas. Os grupos deverão ter conta em banco específica para o projeto onde serão depositados os recursos.

Tatiana Salomão informou ainda que o resultado do edital será divulgado até o final de setembro ou início de outubro. Após a assinatura dos contratos e dos termos de compromisso, além da publicação no Diário Oficial do estado, as bandas terão prazo de 180 dias (seis meses) para realizarem as apresentações. Mais informações sobre o edital podem ser obtidas no site da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro.