Ministério da Cultura prorroga o prazo para envio de propostas de desenvolvimento de Territórios Criativos pela Lei Rouanet

Os interessados têm até 30 de novembro para enviarem suas propostas

Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Ministério da Cultura (MinC) prorrogou, até 30 de novembro de 2025, o prazo para o envio de propostas voltadas ao desenvolvimento sustentável de Territórios Criativos no âmbito da Lei Rouanet, Programa Nacional de Apoio à Cultura (Pronac). A ampliação do prazo foi oficializada por meio da Instrução Normativa MinC nº 26, publicada hoje (13/10) no DOU, que altera a Instrução Normativa MinC nº 23, de 5 de fevereiro de 2025.

A medida reforça o compromisso do Ministério em estimular políticas públicas que fortaleçam os ecossistemas culturais e criativos em diferentes regiões do país, promovendo o desenvolvimento territorial sustentável a partir da Economia Criativa.

As propostas devem ser apresentadas exclusivamente na área de Humanidades, no segmento Territórios Criativos, e enquadradas na tipologia e produto principal “Desenvolvimento de Territórios Criativos”. Cada projeto deverá contemplar um conjunto de requisitos que garantam a consolidação e a sustentabilidade das ações após o término do apoio via Pronac.

Entre as exigências, destacam-se:

•            a delimitação do território que será trabalhado;

•            a realização de programas e ações estruturantes e contínuos, com foco na sustentabilidade do projeto;

•            a identificação das dinâmicas econômicas locais de criação, produção e consumo de bens e serviços culturais;

•            o mapeamento dos ecossistemas criativos e dos seus atores-rede;

•            a proposição de modelos de governança participativos, apoiados em plataformas digitais;

•            a realização de estudos e pesquisas que produzam dados e indicadores sobre a economia criativa;

•            e a qualificação de profissionais, empreendedores e empreendimentos criativos locais.

As iniciativas também devem prever a articulação em rede com instituições públicas e privadas e a participação direta das comunidades locais, fortalecendo a economia criativa e o tecido cultural de cada território.

Para a secretária de Economia Criativa do Ministério da Cultura, Cláudia Leitão, a prorrogação do prazo é uma oportunidade para ampliar a adesão de diferentes regiões do país à política dos Territórios Criativos.

“O Brasil é um país de potências culturais diversas e vibrantes. Cada território tem sua identidade, sua economia simbólica e sua rede de criadores e empreendedores. Prorrogar o prazo até 30 de novembro é dar mais tempo para que esses agentes possam construir propostas sólidas, que articulem cultura, inovação e desenvolvimento local. Queremos estimular projetos que deixem legados permanentes para os territórios e que fortaleçam a economia criativa como vetor de sustentabilidade”, destacou a secretária.

Com essa prorrogação, o MinC busca ampliar a oportunidade para que pessoas jurídicas com finalidade cultural, com e sem fins lucrativos (exceto de MEI) possam desenvolver propostas estruturantes, capazes de transformar territórios em espaços vivos de cultura, inovação e desenvolvimento econômico inclusivo.

© Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

COP30: sustentabilidade começa nas pequenas decisões de consumo

Educação ambiental ajuda a transformar políticas em realidade
© Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
© Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

Cada vez mais próxima, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima ganha destaque nos noticiários, no debate público, nas conversas entre os brasileiros. A COP30 está marcada para novembro, em Belém do Pará. Mas você sabe qual a importância dessas negociações climáticas na nossa vida cotidiana?

Essas discussões podem parecer distantes para quem não participa diretamente delas, mas cada decisão tomada nas COPs afeta o dia a dia de todo mundo: desde a qualidade do ar que respiramos até o preço da comida e do custo de vida, como explica o diretor-geral do Instituto Akatu, Lucio Vicente.

O que acontece nessas negociações se traduz, obviamente, em políticas públicas, investimentos e compromissos que determinam se vamos ter acesso, por exemplo, à água limpa, se vamos sofrer mais ou menos com enchentes, secas, ondas de calor, ou seja, é o futuro do planeta, mas também é o futuro da nossa vida, né? Como como seres humanos e, obviamente, de outros seres vivos que conosco coabitam o planeta Terra.”

Lucio lamentou que um dos pontos pouco presentes nos debates oficiais seja o consumo — que conecta as pessoas aos sistemas produtivos e é responsável por grande parte das emissões de gases de efeito estufa.

“Isso é uma contradição, porque as nossas escolhas de consumo, elas moldam os mercados, né? Pressionam as empresas e até influenciam essas mesmas políticas públicas. Por isso que levar o consumo consciente para o centro da agenda é fundamental porque não é só sobre governos decidirem metas, é também sobre como cada cidadão pode, com as suas escolhas diárias, ajudar a transformar essas metas em realidade.”

Além da importância de pensar antes de comprar, o diretor-geral do Instituto Akatu destaca que é preciso questionar de onde as coisas vieram, como foram produzidas. Nós, consumidores, também somos cidadãos e profissionais que tomam decisões em empresas, no governo… E essas decisões têm peso sobre a questão climática.

“Decisões sobre como o produto é desenhado, como ele foi produzido, quais são os materiais que foram utilizados, como funciona a logística de transporte desses produtos, as embalagens que foram utilizadas e a até a forma como a gente comunica o consumidor, as pessoas que vão de alguma forma utilizar esses produtos e serviços que a gente oferece. Quando uma empresa toma melhores decisões, ela reduz impactos ambientais, evita desperdícios e se torna parte da solução. E cada pessoa que tá lá dentro, né, dessas empresas, dessas organizações, pode puxar esse movimento e fazer com que esses impactos sejam melhores pra sociedade e pro meio-ambiente.”

Lucio aponta seis passos simples para pensar no consumo consciente:

“Primeiro é perguntar por que comprar, se realmente a gente precisa disso que a gente tá querendo comprar. Depois, o que comprar, escolhendo versões mais duráveis, reparáveis e sustentáveis. Na sequência, como comprar, considerando compartilhar, alugar e até comprar de segunda mão. O quarto passo é de quem comprar, dando preferência a produtores, dando preferência a marcas empresas que são comprometidas com as questões socioambientais. O quinto é como usar cuidando para evitar o desperdício, aumentar a vida útil, consertar as coisas ao invés de descartar. E por último, como descartar. Depois do uso que a gente teve de bens e serviços, como é que a gente dá o destino correto? Como é que a gente pode direcionar para reciclagem?”

Outras decisões do dia a dia nas cidades, como optar pelo transporte coletivo e reduzir o uso de descartáveis; ou no campo, como usar a água de forma mais eficiente, diversificar culturas e reduzir uso de agrodefensivos, são escolhas impactam na questão climática, afirma Lucio Vicente.

“Tanto o produtor quanto consumidor fazem parte da mesma cadeia. Quando o campo, por exemplo, adota práticas sustentáveis e a cidade valoriza esses produtos, a gente cria um círculo virtuoso que beneficia todo mundo, o meio-ambiente, a economia e a sociedade.”

Segundo Lucio, a educação ambiental é a chave para entender melhor como cada escolha impacta no meio ambiente, no clima e na vida de cada um.

A educação ambiental não acontece só na sala de aula, dentro da empresa, mas também em casa, no trabalho, nas ruas, em cada decisão de consumo, em cada decisão do sistema produtivo. É um aprendizado que começa na infância e acompanha todos nós durante toda a nossa vida adulta, renovando as práticas e consequentemente fazendo com que a gente seja sempre  um impulsionador de mudanças e também reinserindo na nossa mente novas formas que sejam colaborativas e consequentemente mais impulsionadoras de mudanças positivas.”

A COP30 começa em 10 de novembro e tem atividades até dia 21, em Belém, no Pará. Antes do início da conferência, ocorre a Cúpula de Chefes de Estado, em 6 e 7 de novembro. A estimativa é de que a capital paraense receba cerca de 40 mil visitantes durante os principais dias do evento. Acompanhe a cobertura especial da Conferência do Clima.

SESI Lab promove seminário para debater o impacto de parcerias e patrocínios nos museus

Fonte: Portal da Indústria

 

Evento gratuito ocorre no dia 21 de outubro e reúne representantes de museus de peso, como Inhotim, Pinacoteca de São Paulo e Museu do Amanhã

 

Foto: Iano Andrade / CNI

SESI Lab realiza no dia 21 de outubro a terceira edição do seu Seminário de Pesquisa, evento gratuito que busca aprofundar discussões sobre temas de interesse da área de museus e suas práticas. Neste ano, o encontro questiona de que forma parcerias, colaborações e patrocínios impactam a manutenção das atividades dos museus. A programação conta com palestras e mesas-redondas voltadas à profissionais da área, pesquisadores e interessados no tema.

“O Seminário de Pesquisa SESI Lab chega à terceira edição reafirmando o papel dos museus como espaços de produção de conhecimento e de construção coletiva. Discutir parcerias e colaborações é essencial num momento em que as instituições culturais precisam reinventar seus modos de existir, buscando novas formas de sustentabilidade sem abrir mão de sua missão pública”, explica Luciana Conrado Martins, coordenadora de Ações Educativas e Pesquisa do SESI Lab.

A programação reúne representantes de importantes museus do país – como Inhotim, Pinacoteca de São Paulo e Museu do Amanhã – e profissionais de empresas como Cielo, Telefônica Brasil e Fundação ArcelorMittal para debater gestão, investimento, responsabilidade social e curadoria das ações dos museus.

A primeira edição do Seminário de Pesquisa do SESI Lab, realizada em 2023, debateu metodologias e práticas de investigação museológicas nas áreas de educação museal e cultura digital nos museus. No ano seguinte, a segunda edição teve como tema museus e territórios, promovendo diálogos importantes sobre a relação entre museus e seus contextos.

SESI Lab promove seminário para debater o impacto de parcerias e patrocínios nos museus

Confira a programação do 3º Seminário de Pesquisa do SESI Lab:

21 de outubro (terça-feira)


9h – Credenciamento


9h30 – Palestra de abertura: “Desafios das parcerias nas ações finalísticas do museu”

  • Fernanda Castro, presidente do IBRAM (Instituto Brasileiro de Museus)

10h30 – Coffee break


11h – Mesa-redonda: Gestão, parcerias e patrocínios 

  • Ricardo Piquet, diretor-geral do IDG (Instituto de Desenvolvimento e Gestão)
  • Paulo César Garcez Marins, diretor do Museu Paulista da USP
  • Gabriela Moulin, diretora-executiva do Instituto Tomie Ohtake

Mediação: Carolina Vilas Boas, coordenadora de Exposições e Ações Culturais do SESI Lab 


13h – Almoço


14h – Mesa-redonda: Investimento e responsabilidade social 

  • Daniel Poli, gerente-executivo de Sustentabilidade, Diversidade e Impacto Social da Cielo
  • Odecir Costa, diretor de Fomento Indireto do Ministério da Cultura
  • Fabiano Carvalho, gerente sênior de Relações Institucionais da Vivo
  • Catarina Lutero, gerente de Investimento Social da Fundação ArcelorMittal

Mediação: Cândida Oliveira, gerente de desenvolvimento institucional do SESI Lab 


16h – Coffee break


16h30 – Mesa-redonda: Curadoria das ações do museu em articulação com parceiros e patrocinadores (exposição e educação) 

  • Gabriela Aidar, gerente de Ação Educativa da Pinacoteca de SP
  • Camila Oliveira, gerente-geral de Conteúdo do Museu do Amanhã
  • João Paulo Andrade, gerente de Educação de Inhotim

Mediação: Luciana Conrado Martins, coordenadora de Ações Educativas e Digitais do SESI Lab 

 

Quadro de Picasso desaparece durante transferência de museu; entenda

Fonte: Estadão 

Obra avaliada em R$ 3,8 milhões seria exibida em mostra em centro cultural de Granada, na Espanha

Pablo Picasso posa para a câmera do fotógrafo francês Lucien Clergue Foto: Lucien Clergue/Acervo Estadão

Fontes da Polícia Nacional confirmaram uma investigação sobre o desaparecimento da obra do pintor andaluz (1881-1973), mas não revelaram detalhes porque o caso está sob segredo de Justiça.

Segundo o jornal Ideal de Granada, a obra Natureza morta com Violão, um óleo sobre tela avaliado em 600 mil euros (R$ 3,8 milhões), seria exibida na mostra Bodegón, da Fundação Caja Granada.

O valor elevado das obras de Picasso – dois de seus quadros superaram 140 milhões de dólares em leilões nos últimos anos – aumenta o risco de roubo.

Um dos mais notórios foi o roubo em 1976 de mais de 100 quadros do artista expostos no Palácio dos Papas da cidade francesa de Avignon, mas todas as obras foram recuperadas.

 

Seminário Cultura, Museus & Clima — Save the date

Com 159 anos de legado em pesquisa na Amazônia, Museu Goeldi celebra aniversário com o título ‘Amazônia para Sempre’

Fonte: MinC

Honraria foi concedida pela Câmara Municipal de Belém, que realizou sessão especial no Parque Zoobotânico para reconhecer a importância da instituição na produção científica, na formação cidadã e na memória afetiva do povo paraense

 

gência Museu Goeldi – Em homenagem ao aniversário de 159 anos do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), a Câmara Municipal de Belém (CMB) realizou sessão especial, nesta segunda-feira, 06, no Parque Zoobotânico da instituição. Em reconhecimento à importância da sua produção científica e das suas contribuições ao ensino e à formação cidadã da população, foi entregue o diploma “Amazônia para Sempre”, honraria concedida por unanimidade pelos vereadores do município.

Com o auditório Eduardo Galvão lotado, a solenidade, transmitida ao vivo pelo canal da CMB, no YouTube, teve início às 9h e foi presidida pelo vereador Rodrigo Moraes (PCdoB), proponente do Decreto Legislativo nº 011/2025, que concede o título ao Museu Emílio Goeldi. A sessão foi acompanhada por autoridades, pesquisadores, entidades estudantis, servidores da instituição e representantes da sociedade civil.

Além do vereador Rodrigo Moraes, a mesa foi composta pelo diretor do MPEG, Nilson Gabas Jr.; pelo secretário executivo de Ciência, Tecnologia e Inovação da Prefeitura de Belém, Lélio Costa; pelo representante da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), Rodrigo Lima; pelo assessor da presidência do Instituto de Desenvolvimento Florestal e Biodiversidade (IDEFLOR-BIO), Juan Arroyo; pela diretora do Instituto Evandro Chagas, Lívia Martins; pela superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) no estado do Pará, Cristina Vasconcelos Nunes; e pelo presidente da Imprensa Oficial do Estado do Pará (IOEPA), Jorge Panzera.

 

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Imagem: Adrya Marinho

 

Carinho pelo Museu Goeldi

Nos discursos, as autoridades reafirmaram a importância que o MPEG tem para o desenvolvimento da ciência na Amazônia e para a memória afetiva dos paraenses. “Celebrar esses 159 anos do Museu Paraense Emílio Goeldi tem esse significado de relação afetiva, de amor, de carinho que o povo de Belém e do Pará têm com esse centro de pesquisa, mas também dessa importância que tem a ciência, a tecnologia, a inovação para se pensar um desenvolvimento para o Brasil e para a região da Amazônia”, destacou o presidente do IOEPA, Jorge Panzera.

Cristina Vasconcelos, do IPHAN,  ressaltou os desafios de se fazer ciência na Amazônia e como o Museu Goeldi tem resistido às adversidades ao longo da história. “Você não consegue fazer pesquisa na Amazônia de qualquer jeito porque a Amazônia te exige muito mais. E quando o Museu Goeldi completa 159 anos de existência fazendo pesquisa, cultura e tecnologia na Amazônia, vocês [pesquisadores do MPEG] estão de parabéns, é incrível, porque não desistiram”.

 

Colaboração no ensino público

Já o diretor do MPEG, NIlson Gabas Jr., reforçou o caráter de pesquisa e de ensino da instituição e a colaboração na formação do ensino público a partir da intervenção na universidade e na pós-graduação, em nível de mestrado e doutorado, mas também por meio de projetos como o Clube do Pesquisador Mirim, que contribuem para a formação de crianças e adolescentes.

“Nós estamos reestruturando o Clube do Pesquisador Mirim. No ano que vem, nós vamos reabrir as portas porque é fundamental você ter desde a infância a conscientização da pesquisa, a conscientização ambiental de que pesquisa é fundamental na vida das pessoas. Mesmo que a gente não forme cientistas, a intenção é formar cidadãos com consciência científica”, disse o diretor.

Gabas Jr. destacou a importância das instituições parceiras na atuação do Museu Goeldi, como o IPHAN, o Instituto Evandro Chagas, o IDEFLOR-bio, e de outras entidades representadas na mesa, mas também de outros parceiros como o Instituto Tomie Ohtake, que está com a exposição “Um rio não existe sozinho” no Parque Zoobotânico do MPEG até 30 de dezembro. “Assim como um rio não existe sozinho, nós somos o exemplo vivo de que, se estivéssemos sozinho, não sobreviveríamos, sobretudo na Amazônia”, ressaltou ele.

No fim da sessão, o vereador Rodrigo Moraes entregou o diploma “Amazônia para Sempre” nas mãos do diretor Nilson Gabas Jr. e, em seguida, houve a celebração do aniversário de 159 anos do Museu Goeldi pelas pessoas presentes. E, como parte da celebração, o Parque Zoobotânico do Museu Goeldi abriu as portas para o público em geral com entrada gratuita no dia do aniversário.

Texto: Denise Salomão

Revisão: Carla Serqueira

Ministério da Cultura abre inscrições para curso on-line de animação digital

Fonte: Gov.br

Formação acessível e aberta ao público amplia oportunidades no universo da animação

esta quarta-feira (8), o Ministério da Cultura (MinC) lança mais um curso livre na plataforma Escult: Animação Digital. Gratuita e totalmente on-line, a formação é voltada a estudantes e trabalhadores da cultura e também profissionais de diversas áreas interessados em ingressar ou se aperfeiçoar nesse campo criativo e técnico.

Oferecido pela Escola Solano Trindade de Formação Artística e Cultural (Escult), o curso tem o objetivo de formar profissionais para a criação de animações digitais 3D de forma simples, utilizando diferentes metodologias e ferramentas disponíveis no mercado, com ênfase na ferramenta Blender. As inscrições vão até 8 de janeiro de 2026 e podem ser feitas pelo site escult.cultura.gov.br.

Com carga horária de 60 horas e certificado, a formação combina teoria e prática, abordando temas como história da animação, metodologia de produção e a lógica da animação, criação e produção de animações digitais, técnicas de modelagem 3D, animação de personagens, cenários e objetos, entre outros. O conteúdo foi desenvolvido pelos professores Flávio Gomes de Oliveira, doutor em Arte e Cultura Visual pela Universidade Federal de Goiás (UFG), Guilherme Ferreira Mendes, motion designer e animador CutOut/3D há mais de 9 anos e Renato Galhardo Neto, professor que possui mais de 13 anos de experiência nas áreas de design, ilustração e 3D.

A proposta é formar profissionais qualificados para atuar em diversos contextos como em programação televisiva, plataformas de streaming, redes sociais, games, videoaulas e também conteúdos instrucionais, dominando tanto os fundamentos da animação quanto o uso de softwares modernos voltados à produção digital.

O curso será ofertado na modalidade Educação a Distância (EaD) com acesso a videoaulas, material escrito, exercícios autoformativos, sala de aula virtual interativa e com recursos de acessibilidade. A proposta metodológica estimula tanto as habilidades técnicas quanto a criatividade dos participantes.

Sobre a Escult

A Escult é uma iniciativa do Ministério da Cultura, por meio da Secretaria de Economia Criativa (SEC), em parceria com o Instituto Federal de Goiás (IFG), pensada para oferecer cursos livres, formações iniciais e continuadas (FIC) e pós-graduações voltadas aos trabalhadores e empreendedores da cultura.

As ações são alinhadas ao Plano Nacional de Cultura, e têm o compromisso de ampliar o acesso à formação profissional no setor cultural.

SERVIÇO

O que: Curso de Animação Digital

Duração: 60 horas (autoinstrucional)

Inscrições: 08/10/2025 a 08/01/2026, em escult.cultura.gov.br

Término do curso: 08/02/2026

Seminário promovido pelo SESI Bahia destaca cultura como investimento estratégico para a indústria

Fonte: FIEB

Ex-ministro da Cultura, Juca Ferreira, e Piatã Stoklos foram alguns um dos convidados do encontro. Fotos: valter Pontes/Coperphoto/Sistema FIEB.

O Serviço Social da Indústria (SESI Bahia) realizou, nesta segunda-feira (6), o Seminário Cultura & Indústria: investimento que gera valor, um projeto incentivado pelo Programa Nacional de Cultura do SESI. Reunindo pesquisadores, gestores e especialistas no auditório da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), o evento teve como objetivo discutir o papel estratégico dos investimentos em cultura no fortalecimento das empresas industriais, destacando sua contribuição para a sustentabilidade, inovação, competitividade e bem-estar.

Concebido em parceria com o Coletivo Gestão Cultural, sob coordenação de Giuliana Kauark, o seminário contou com a participação de empresários, produtores culturais, acadêmicos e gestores públicos em painéis temáticos, que abordaram os impactos dos investimentos culturais nas estratégias corporativas, no marketing institucional e na saúde mental dos trabalhadores. Durante a abertura, o diretor superintendente do SESI Bahia, Armando Neto, reforçou o papel da cultura na formação das pessoas como cidadãs, destacando que “assim como a indústria, a cultura também é vetor de desenvolvimento.”

Para Joana Fialho, gerente do SESI Cultura na Bahia, o seminário representou “um encontro estratégico com especialistas para refletir sobre como a cultura pode impulsionar não apenas o crescimento econômico, mas também o desenvolvimento humano e social nas indústrias e nas comunidades em que atuam”.

Chico Assis (Prefeitura de Salvador), Joana Fialho (SESI), Bruno Monteiro (Governo do Estado) e Armando Neto (SESI).

Pesquisa inédita aponta desafios na conexão entre cultura e setor industrial

Um dos destaques do evento foi a apresentação de uma pesquisa inédita realizada com 144 empresas da indústria baiana, que revelou que a maior parte delas valoriza a cultura e seu impacto social. Por outro lado, o levantamento aponta uma lacuna significativa entre produtores culturais e empresas que desejam investir em cultura. A sondagem indicou que muitas dessas empresas ainda enfrentam dificuldades para acessar e utilizar mecanismos de fomento, como as Leis de Incentivo à Cultura.

A produtora cultural Ivanna Soutto destacou a importância do levantamento: “Poder mensurar e utilizar dados é fundamental. A maior parte das marcas com quem trabalho não utiliza Leis de Incentivo porque considera o processo complicado. Falta uma sinergia que nos conecte aos produtos culturais da Bahia”.

Já a professora e pesquisadora Daniele Canedo (URB/Obec) considerou a pesquisa como um marco: “Todos os SESI do Brasil deveriam realizar iniciativas como essa. O estudo evidencia a dificuldade que ainda temos de comunicar o impacto gerado pelos projetos culturais. O SESI Bahia pode ser o elo que transforma essa percepção em uma política estruturada de investimento cultural”.

Ivanna Soutto (microfone) e outras especialistas falaram sobre a pesquisa sobre investimentos da indústria baiana em cultura.
Lilian Hanania (microfone) comentou sua pesquisa, que demonstra a importância do investimento em cultura para as empresas.

A programação contou com quatro painéis principais, iniciando com a participação da pesquisadora Lilian Hanania (Brasil/França), que discutiu a inserção da cultura nas estratégias de sustentabilidade empresarial. Ela trouxe dados de sua pesquisa, que estuda a contribuição de empresas para a diversidade cultural, constatando que: “A cultura é uma dimensão fundamental do desenvolvimento sustentável, contribui para a performance econômica das empresas, assim como para a estabilidade social e redução de conflitos.”

À tarde, o ex-ministro da Cultura Juca Ferreira participou do painel sobre cultura, marketing e governança, ao lado do consultor Piatã Stoklos, chamando atenção para a necessidade de uma visão mais estratégica por parte do setor empresarial. “A Bahia é uma marca poderosa, um verdadeiro case de marketing, mas que ainda não tem colhido plenamente os frutos desse potencial cultural”, afirmou Ferreira. Ele também defendeu a criação de um observatório cultural que acompanhe e fortaleça políticas públicas para o setor.

Encerrando a programação, o painel sobre cultura, saúde mental e bem-estar nas empresas reuniu os pesquisadores Guilherme Varella e Marcelo Veras, ambos da Universidade Federal da Bahia (UFBA), que abordaram a importância de investimentos culturais na promoção do cuidado com os trabalhadores e no fortalecimento das relações dentro do ambiente corporativo.

Publicação inédita – Durante o evento, o SESI Bahia também lançou a cartilha “Cultura & Indústria: investimento que gera valor”, material que reúne dados de pesquisa, relatos de experiências e orientações práticas para empresas interessadas em investir em cultura de forma estratégica. O material visa contribuir para o diálogo entre empresas, gestores, artistas e especialistas, reforçando a cultura como um componente central no desenvolvimento sustentável da indústria. Acesse o documento ao final da matéria.

Cultura como vetor de transformação

Autoridades públicas também participaram do seminário, reconhecendo o papel da cultura como motor de desenvolvimento. O secretário de Cultura da Bahia, Bruno Monteiro, ressaltou que discutir cultura como necessidade básica é um avanço. “Temos aqui na Bahia 12% dos trabalhadores da indústria criativa do país. Precisamos fortalecer esse ecossistema, que movimenta cadeias produtivas e transforma realidades”, afirmou.

Representando a Secretária de Cultura e Turismo do Município de Salvador, o Diretor de Cidadania Cultural, Chico Assis, reforçou a importância da cultura para o desenvolvimento econômico local. “A partir da cultura conseguimos alcançar resultados concretos na construção de políticas públicas e no fortalecimento de territórios, como temos visto em diversas iniciativas nas periferias da cidade”, destacou.

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Ministra da Cultura recebe propostas em reunião com o Fórum pelos Direitos Culturais

O encontro foi realizado nesta terça-feira (07) em São Paulo
Fonte: Minc

Foto: Filipe Araújo/MinC

 

A ministra da Cultura, Margareth Menezes, se reuniu nesta terça-feira, 7, em São Paulo, com os representantes do Fórum Brasileiro pelos Direitos Culturais (FBDC), movimento multissetorial que reúne instituições, empresas e gestores culturais empenhados em fortalecer o setor, articular políticas públicas e defender a criação e produção cultural no Brasil.

Acompanhada do secretário de Fomento e Incentivo à Cultura, Henilton Menezes, e do secretário-executivo adjunto do MinC, Cassius Rosa, ela ouviu propostas dos seis Grupos de Trabalhos (GTs) temáticos que compõem o Fórum, apresentou um panorama dos desafios e conquistas do MinC nos últimos três anos e ressaltou que o ministério trabalha em diálogo com o setor cultural e com a sociedade civil.

“Estamos absolutamente abertos às propostas. Podemos levar, analisar também e ver o que a gente pode trazer para complementar as políticas que gestamos. Porque quem sabe mais é quem faz, quem está na ponta. Por isso, começamos as nossas políticas conversando com a sociedade civil e com o setor”, afirmou.

Entre os avanços desta gestão, a ministra citou as aprovações, no Congresso Nacional, de políticas dirigidas ao setor cultural brasileiro; a retomada da Conferência Nacional de Cultura em março de 2024, com mais de 5 mil delegados de todo o Brasil, e a elaboração do Plano Nacional de Cultura, em que foram ouvidas mais de 80 mil pessoas. “Acho que estamos num processo de retomada, de modernização também, porque existe um atraso muito grande em relação aos direitos culturais no ambiente digital, por exemplo”, observou.

Henilton Menezes somou a esses avanços, a ampliação do alcance da Lei Rouanet, por meio dos programas especiais. “Esses programas são resultado de um decreto do presidente Lula, no primeiro ano do governo, que permitiu ao MinC articular- se com patrocinadores para reduzir investimentos em regiões que não alcançavam investimentos da lei. Tínhamos um cenário muito perverso de distribuição de recursos”.

Para Cassius Rosa, é importante o entendimento que o Fórum tem do papel da cultura como vetor de desenvolvimento econômico e como a diplomacia cultural pode também colaborar para que a cultura brasileira se propague pelo mundo. “E aí a gente quer compartilhar com a sociedade civil esse desafio de consolidar as bases do Sistema Nacional de Cultura, consolidar as bases das políticas culturais, para que ninguém nunca mais ouça extinguir o Ministério da Cultura”

Propostas

Falando pelo GT de Internacionalização da Cultura, Maria Ignez Mantovani defendeu a necessidade de uma estratégia nacional consistente para inserir a cultura brasileira em circuitos globais. E propôs que o governo articule ações interministeriais para ampliar parcerias e consolidar políticas culturais inovadoras.

O GT de Cultura e Ação Climática, representado por Luiz Coradazzi, apresentou propostas para integrar sustentabilidade e combate às mudanças climáticas nas políticas culturais. Sugeriu, entre outras coisas, a criação de protocolos nacionais para proteção do patrimônio e das comunidades culturais diante de desastres climáticos e a instituição de um fundo emergencial para recuperação rápida de acervos e estruturas danificadas por eventos extremos.

Já o GT de Economia Criativa pediu maior integração das políticas culturais às estratégias de desenvolvimento nacional e industrial. Ao falar sobre o tema, Cláudio Lins de Vasconcelos reforçou o peso econômico do setor, responsável por cerca de 3,5% do PIB, e defendeu sua inclusão nos planos da Nova Indústria Brasil e alertou para desafios como digitalização, inteligência artificial e controle estrangeiro sobre plataformas de distribuição.

No GT de Financiamento à Cultura, Cris Olivier destacou a importância da PNAB e da Rouanet, solicitando mais apoio técnico aos municípios para operacionalização da PNAB, aumento da renúncia fiscal para acompanhar a demanda e inflação, e fim de restrições que penalizam produtores enquadrados no Simples Nacional.

Os últimos GTs a falar foram o de Reforma Tributária e Acessibilidade e Diversidade. No primeiro, André Leonardes propôs PEC para preservar incentivos fiscais estaduais e municipais. No segundo, Jacó pediu políticas permanentes de qualificação, inovação tecnológica para baratear recursos de acessibilidade e inclusão plena nos espaços culturais.