MÓDULO III – COMUNICAÇÃO E FORMAÇÃO DE PÚBLICOS

Matrículas abertas para o novo curso de extensão, que será realizado dentro da turma de pós-graduação MBA em Gestão e Produção Cultural. Este curso é uma parceria entre a ABGC, UniMais e o Centro Cultural Banco do Brasil no Rio de Janeiro (CCBB Rio).

BRASIL PELA IGUALDADE RACIAL

Fonte: MinC

Em ato histórico, presidente Lula assina Decreto de Valorização e Fomento à Cultura Hip-Hop no país

Em cerimônia de celebração ao Dia Nacional da Consciência Negra no Palácio do Planalto, nesta segunda-feira (20), o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, assinou um pacote de medidas pela igualdade racial, entre eles, o Decreto de Valorização e Fomento à Cultura Hip-Hop e o Projeto de Lei (PL) que prevê a criação o Dia Nacional do Hip-Hop, em 11 de agosto. A ministra da Cultura, Margareth Menezes, participou do momento.

Ambas as medidas foram construídas em parceria entre o Ministério da Cultura (MinC), a sociedade civil e a Construção Nacional da Cultura Hip-Hop. Na abertura da cerimônia, o cantor Jorge Aragão cantou Identidade, em homenagem às 81 pessoas que retornaram ao livro Personalidades Notáveis Negras, da Fundação Cultural Palmares, vinculada ao MinC.

“Todos os atos assinados hoje, no Dia da Consciência Negra, são como plantar uma árvore. Para ela crescer, precisa ser regada, assim como as políticas públicas. É um pagamento histórico por anos de escravização”, disse o presidente Lula, que também assinou acordo para implementação de projetos culturais e ações de preservação em prol da região da Pequena África e do Sítio Arqueológico Cais do Valongo, no Rio de Janeiro.

A ministra Margareth é presença confirmada na próxima quinta-feira (23), no ato que irá inaugurar o Valongo. O reconhecimento do local como parte fundante da história nacional é resultado de ações reiteradas do MinC em conjunto com o Ministério da Igualdade Racial. A área foi revelada reconhecida como Patrimônio Mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) em março de 2017 – por lá, passaram mais de um milhão de pessoas em situação de escravidão ao longo de 40 anos. Atualmente, o cais faz parte do Circuito Histórico e Arqueológico da Celebração da Herança Africana, ao lado do Jardim Suspenso do Valongo, do Largo do Depósito, da Pedra do Sal, do Centro Cultural José Bonifácio e do Cemitério dos Pretos Novos.   

Margareth Menezes celebrou o simbolismo do momento. “Esse é um dia histórico para nós, para a população negra desse país, para a cultura, e também, o dia de grande coroação das ações que temos construído no MinC ao longo deste ano para que a Cultura Hip-Hop seja reconhecida e valorizada como deve ser”.

O rapper e facilitador da Construção Nacional da Cultura Hip-Hop, Rafa Rafuagi, destacou que a assinatura do decreto de valorização e fomento da cultura Hip-Hop, com o presidente Lula, torna o Brasil o primeiro país do mundo a ter um ato revolucionário como o realizado no Palácio do Planalto.

“Chegamos até aqui para garantir que nossos filhos saibam que não estarão sozinhos na batalha, e que a construção nacional da cultura Hip-Hop seguirá honrando quem veio antes, aprendendo com quem está agora, e construindo a unidade para assegurar um futuro digno”, afirmou Rafa.

Ainda segundo Rafa, “há 40 anos somos vanguarda política e artística no continente, fruto da luta ancestral e milenar, unindo gerações através do breaking, de base e olímpico, do DJ, do grafite, do MC e a música rap e do conhecimento, fazendo a manutenção e a projeção de um plano de década para as periferias, com a garantia de vida e paz dentro das periferias e favelas brasileiras”.

A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, ressaltou a importância da Cultura para a memória e valorização das raízes do povo negro. “Por isso quero agradecer pela valorização e reconhecimento do Hip-Hop como referência cultural brasileira, estabelecendo as diretrizes nacionais”.

Dia Nacional do Movimento Hip-Hop

A iniciativa é fruto do debate realizado pelo MinC em audiência pública, que ouviu a população sobre a Proposta Dia Nacional do Movimento Hip-Hop. A homenagem faz referência ao 11 de agosto, data que marca o surgimento do movimento cultural. A comemoração do Dia do Hip-Hop tem o objetivo de desenvolver uma agenda colaborativa de iniciativas para promover ações e programas da administração pública federal e entes federados para dar visibilidade, fomentar e difundir esta cultura em todo o país.

Decreto de Valorização

O Decreto dispõe sobre as diretrizes nacionais para as ações de valorização e fomento da cultura hip-hop. Estabelecendo conceitos e elementos estruturantes da cultura Hip-Hop e diretrizes nacionais no âmbito das políticas públicas de cultura, como: promover a valorização dos agentes culturais do Hip-Hop, incluídos os B-boys e as B-girls; valorizar, incentivar, apoiar e dar visibilidade à criação, ao intercâmbio, à produção e à difusão das obras artísticas e culturais do Hip-Hop e dos seus elementos; fomentar o desenvolvimento da cultura hip-hop como uma política de Estado; estimular o empreendedorismo e a geração de renda a partir das atividades relacionadas à cultura Hip-Hop; entre outros.

Edital Prêmio Cultura Viva Construção Nacional do Hip-Hop 2023

Em celebração às contribuições do movimento Hip-Hop para a cultura e inclusão social no Brasil, o MinC lançou em outubro o Edital Prêmio Cultura Viva Construção Nacional do Hip-Hop 2023. A iniciativa irá investir R$ 6 milhões em 325 iniciativas e conta com o apoio do Ministério da Igualdade Racial (MIR) e da Fundação Nacional de Artes (Funarte).

Com a premiação, o MinC tem o objetivo de implementar as ações da Política Nacional Cultura Viva (PNCV), com destaque para o reconhecimento dos agentes culturais que promovem a preservação, a difusão da diversidade cultural, bem como a valorização das expressões culturais do Hip-Hop no Brasil. E também, ampliar a rede dessa política com a valorização e o incentivo aos agentes Cultura Viva e aos Pontos de Cultura em redes territoriais e temáticas.

Ibram abre seleção para diretores de 5 unidades de sua rede

Fonte: IBRAM

O Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) publicou nesta quinta-feira (16) edital voltado à seleção pública para diretores de cinco unidades museológicas de sua rede, localizadas em Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e São Paulo.

Serão selecionados dirigentes para o Museu Regional de São João del-Rei, em São João del-Rei (MG), Museu das Missões, em São Miguel das Missões (RS), Museu Lasar Segall, em São Paulo (SP), Museu Histórico Nacional, no Rio de Janeiro (RJ) e Museus Castro Maya, também no Rio de Janeiro (RJ) — esta última unidade abarca o Museu do Açude e o Museu da Chácara do Céu.

O processo seletivo será realizado mediante critérios técnicos e objetivos de qualificação, formação, experiência e conhecimento.

Poderão participar candidatos com graduação em qualquer curso de nível superior reconhecido pelo Ministério da Educação e experiência comprovada em gestão no setor público, privado, ou envolvendo atividades de relacionamento com organizações do governo ou entidades da sociedade civil, além de conhecimento das legislações pertinentes à administração pública federal, das políticas públicas de cultura e do setor museológico.

Os candidatos também deverão atender as exigências contidas no artigo 7º da Resolução Normativa Ibram nº 21, de 7 de agosto de 2023.

A avaliação, que ficará a cargo de comissão de seleção a ser designada, incluirá análise de documentação, de caráter classificatório e eliminatório, e entrevista, de caráter eliminatório. Confira aqui todos os detalhes.

Prorrogado o prazo de inscrições para a 1ª edição do Prêmio Inventários Participativos

Fonte: IBRAM

Foi publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira (20) a prorrogação das inscrições para 1ª edição do Prêmio Inventários Participativos. Os interessados têm até o próximo dia 26 de novembro para realizar a inscrição.

O objetivo é premiar 10 inventários realizados no território nacional que tenham contribuído para o reconhecimento, a preservação, a promoção e a difusão do patrimônio cultural e da memória social de grupos, povos e comunidades representativos da diversidade cultural brasileira. O prêmio tem como finalidade estimular, promover e difundir a realização de inventários participativos como abordagem metodológica e de mobilização social para que os grupos e comunidades possam assumir os processos de identificação, registro e promoção das referências culturais significativas para o território onde vivem.

Serão distribuídos 10 prêmios de R$ 40 mil, nas categorias entidade cultural e coletivo cultural, totalizando R$ 400 mil. O edital e os anexos estão disponíveis para download aqui.

Na quinta-feira (16), o Ibram promoveu uma live tira-dúvidas sobre o 1° Prêmio Inventários Participativos. O evento contou com a participação do diretor do Departamento de Difusão, Financiamento e Economia de Museus, Joel Santana, e da coordenadora de Fomento e Financiamento, Adna Teixeira, e do integrante do Departamento de Processos Museais, Átila Tolentino.

O evento pode ser assistido na íntegra aqui. Mais informações podem ser solicitadas pelo e-mail [email protected].

Sobre os inventários participativos

Os inventários participativos são uma metodologia que envolve a participação ativa dos grupos, povos e comunidades no processo de identificação, registro e promoção do patrimônio cultural e da memória social. Essa metodologia tem como objetivo garantir que a perspectiva dos próprios detentores do patrimônio seja considerada no processo de salvaguarda.

Os inventários participativos são uma importante ferramenta para a promoção da diversidade cultural e para a construção de sociedades mais justas e inclusivas.

“Não dá para colocar o setor cultural como um produto supérfluo”, diz Margareth Menezes

Fonte: Cultura.UOL

No Roda Viva, ministra fala sobre a ausência da pasta da Cultura durante o último governo

 

No Dia da Consciência Negra, celebrado nesta segunda-feira (20), o Roda Viva recebe a cantoracompositoraatriz e atual ministra da Cultura Margareth Menezes.

Esse é o primeiro cargo público da artista baiana, mas a trajetória como cantora é permeada de projetos sociais no país com a maior população negra do mundo fora do continente africano. Ela também foi eleita como uma das 100 pessoas negras mais influentes do mundo na lista da Most Influential People of African Descent.

A artista responde sobre como a falta de um ministério prejudica na criação de ações e políticas públicas para a área da cultura.

“Não dá para colocar o setor cultural como um produto supérfluo […]. Nossa cultura não é de segunda, é uma cultura de um país que tem uma identidade fantástica e oportunidades gigantes. É com essa visão e expectativa que nós estamos buscando esse fomento”, afirma.

“Não tem como um país gigante como o Brasil ter uma Secretaria de Cultura, não pode o ministério ser reduzido a uma secretaria, as políticas públicas da cultura são diversas, mas dentro do escopo da cultura, é direito autoral, audiovisual, livros e leitura, cultura afro, tudo isso precisa de uma política para organizar. Não é mais apenas identidade cultural, estamos falando de uma indústria, e ela precisa ser compreendida”, acrescenta.

A bancada de entrevistadores é formada por Evandro Fióti, artista e CEO da Lab Fantasma, Marcella Franco, editora da Folhinha e do Folhateenna Folha de S. Paulo, a urbanista e escritora Joice Berth, o gestor cultural Ale Youssef, e Diane Lima, curadora e escritora.

Assista ao programa completo:

Ministério da Cultura lança concurso público

Haverá contratação de 57 profissionais que desempenharão atividades técnicas de complexidade intelectual e 42 para atividades técnicas de suporte, que exigem conhecimento de nível superior

Foto: Agência Brasil

O Ministério da Cultura foi autorizado a realizar concurso público para contratar 99 profissionais para atuarem na implementação do Programa Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (Pnab).

O documento, que também define prazos para o início do processo seletivo, está publicado no Diário Oficial da União desta segunda-feira (13).

Lançado em outubro, o Pnab é a maior política pública para fomentar produções, espaços e formação profissional do setor cultural. Os investimentos são de R$ 15 bilhões do Fundo Nacional da Cultura até 2027. Atualmente, municípios, estados e Distrito Federal apresentam seus planos de ação para pactuação com o Ministério da Cultura.

Para os processos, haverá contratação por quatro anos de, 57 profissionais que desempenharão atividades técnicas de complexidade intelectual. E 42 para atividades técnicas de suporte, que exigem conhecimento de nível superior. Os contratos de trabalho podem ter prorrogação por até um ano, caso haja necessidade para a conclusão das atividades.

Além disso, a autorização publicada pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos não define a remuneração dos temporários. Ela então deverá constar no edital que vai definir o cronograma e as regras do concurso público.

Por fim, o prazo para início do processo seletivo é de seis meses. Com a publicação do documento que também definirá a banca que será responsável pelo exame para escolha dos profissionais.

Fonte: Agência Brasil

De energia solar a despoluição do Tietê: SP tem projetos de sustentabilidade

Portal da Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística de SP dá dicas e ensina conceitos ligados à sustentabilidade

Via: Portal do Governo de São Paulo

 

Rio Tietê cruzando a região metropolitana de São Paulo. Foto: Dea e Bruno / Shutterstock.com

 

Com certeza você já ouviu falar da palavra sustentabilidade, mas você sabe o que é isso? O conceito é definido como ações e atividades humanas que visam suprir as necessidades do presente, mas sem comprometer o futuro das próximas gerações.

O Governo de São Paulo tem uma série de projetos em andamento para tornar o estado mais sustentável. Uma das ações mais recentes é a implantação de placas solares na represa Billings. Como exemplo de política sustentável do governo, agora o maior reservatório de água da região metropolitana de São Paulo também vai produzir energia elétrica limpa.

O projeto da Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae), em fase de pré-implantação, prevê cinco plantas com 9 mil placas. A usina, que tem previsão de ficar pronta até o fim do ano, tem potencial de gerar 1 Megawatt de energia, o que corresponde ao abastecimento de cerca de 1500 residências. O investimento é de R$ 25 milhões de reais.

E não é só. A gestão estadual ainda tem outros projetos nessa direção para recuperar nascentes e despoluir o Tietê, o maior rio do Estado. Até 2026, o programa IntegraTietê prevê que sejam investidos mais de R$ 5 bilhões na ampliação da rede de saneamento básico, desassoreamento, melhorias no monitoramento da qualidade da água, recuperação de fauna e flora, entre outras medidas.

Essa e outras ações são feitas pelo Governo de SP, por meio da Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil). Mais dicas de sustentabilidade podem ser acessadas no Portal de Educação Ambiental da Semil.

 

Ministério da Cultura lança edital de fomento e valorização do hip hop

Por: Correio Baziliense

Anunciado nesta quinta-feira (26/10), o programa irá investir R$ 6 milhões em 325 iniciativas artísticas de diversas frentes

Evento de lançamento do edital Prêmio Cultura Viva Construção Nacional do Hip-Hop 2023 – (crédito: Giovanna Kunz/CB/D.A Press)

Para celebrar o ano do cinquentenário de nascimento do hip hop e reconhecer contribuições da manifestação cultural no Brasil, o Ministério da Cultura (MinC) lançou, nesta quinta-feira (26/10), às 15h, no Campus Universitário Darcy Ribeiro na UnB (Beijódromo) o Edital Prêmio Cultura Viva Construção Nacional do Hip-Hop 2023. O programa irá investir R$ 6 milhões em 325 iniciativas.

A ministra da Cultura, Margareth Menezes, esteve presente na cerimônia de lançamento e ressaltou a importância do Hip-Hop para o cenário cultural da capital. “É muito bonito a gente ver isso, porque, apesar de tanto não, tanta dor que nos invade, somos nós a alegria da cidade”, disse.

A ministra ainda destacou a importância de o povo reivindicar por esses investimentos na cultura para que as manifestações artísticas resistam. “Com certeza a cultura é esse viés que pode fazer a transformação nos lugares mais difíceis”, ressaltou.

Além de Margareth Menezes, Márcia Rollemberg – Secretária de Cidadania e Diversidade Cultural na Ministério da Cultura –, Márcio Tavares – Secretário-Executivo do Ministério da Cultura – e Claudia Maciel – facilitadora-geral da Conferência Nacional do Hip-Hop — também marcaram presença no evento.

Apesar de o Hip-Hop ser costumeiramente associado apenas à música, a manifestação artística é a junção de break, grafite, Mc e Dj. Além disso, o movimento também é representado por gírias e vestimentas.

Com o edital, serão escolhidas iniciativas que tenham como objetivo a criação, produção e circulação de obras e atividades, como: projetos de composição, arranjos, produção de beats, shows, vídeos, discos, arquivos audiovisuais, sítios de internet, revistas, batalhas, rodas culturais, cyphers, jams, espetáculos, slam, beatbox, pesquisas, mapeamentos, fotografias, seminários, ciclos de debates, palestras, workshops, oficinas e cursos livres, que possam contribuir com o crescimento do Hip-Hop.

Ao todo, serão 325 iniciativas culturais de Hip-Hop e os prêmios serão divididos em pessoas físicas, grupos, coletivos, equipes e instituições privadas com fins lucrativos e de natureza ou finalidade cultural poderão participar.

A premiação tem como objetivo a execução das ações da Política Nacional Cultura Viva (PNCV), concentrando-se principalmente em reconhecer os agentes culturais que impulsionam a conservação e promoção das manifestações culturais do movimento Hip-Hop no Brasil. O investimento conta com o apoio do Ministério da Igualdade Racial (MIR) e da Fundação Nacional de Artes (Funarte).

*Estagiária sob supervisão de Pedro Ibarra

“Museus devem ser fontes de conhecimento confiável”, diz András Szántó

Por André Sollitto

Via: Veja

Em visita ao Brasil, o curador de origem húngara e autor de ‘O Futuro do Museu” debate o papel das instituições em uma sociedade em transformação

O autor e curador András Szántó, autor de ‘O Futuro do Museu’ –  (Divulgação/Divulgação)

No final de 2020, quando o primeiro ano da pandemia ainda não havia terminado, o consultor de museus András Szántó publicou “O Futuro do Museu: 28 diálogos“. A partir de entrevistas com curadores e gestores de diversas instituições culturais espalhadas pelo mundo, o autor de origem húngara tentou mostrar alguns caminhos possíveis para esses espaços.

Desde então, o volume ganhou vida própria. Foi traduzido para o português e foi lançado no Brasil pela editora Cobogó em 2022. Szántó tem viajado pelo mundo dando palestras sobre o tema. Após passar por Santa Catarina e Rio de Janeiro, ele vai falar com o público de São Paulo na Pina Contemporânea, no sábado, dia 28, às 16h horas. Ao seu lado, a arquiteta Paula Zasnicoff, responsável pelo projeto arquitetônico da Pina Contemporânea. A conversa será mediada pela também arquiteta e diretora cultural Isabel Xavier.

Será um debate que parte de alguns dos temas abordados em sua obra, mas vai além. “Durante a pandemia, com os museus fechados, começamos a questionar o quão indispensáveis éramos. Era o momento certo para discutir o tema”, afirma Szántó em entrevista a VEJA. “Não imaginei que ele teria tanta repercussão, mas acho que foi a primeira obra a empacotar essa discussão“.

Nesses quase três anos, no entanto, muita coisa mudou, de forma acelerada. “Falamos de tecnologia, mas não de inteligência artificial. Não se esperava uma mudança tão disruptiva, e em um período tão curto”, diz o autor. Esse, segundo ele, é um tema que não foi abordado no livro, mas que tem sido discutido entre os gestores culturais agora. Assim como o envelhecimento da população não apenas nos Estados Unidos, mas no mundo inteiro. “Normalmente, as instituições não pensam nos visitantes mais velhos, mas é uma realidade demográfica que se impõe e precisamos saber como lidar.”

Capa de 'O Futuro do Museu', de András Szántó -
Capa de ‘O Futuro do Museu’, de András Szántó – (Divulgação/Divulgação)

As duas guerras que hoje tomam conta do noticiário, em Gaza e na Ucrânia, são indicativos das transformações pelas quais passa o mundo. E, nesse cenário de incertezas, o museu deve ser, na opinião de Szántó, um espaço de reunião, de bem-estar, mas também de discussão de temas importantes. “O museu é um legado do Iluminismo. E instituições como essas estão sob ataque. O conhecimento factual tem sido contestado, dando ideologicamente quanto tecnologicamente. E os museus deveriam ser uma das principais fontes de conhecimento confiável”, afirma.

Além disso, devem ser espaços que dialogam com a sociedade em que estão inseridos. “Muito do que se entende por arte hoje não estaria em um museu no século 20. Eu nasci em meados dos anos 1960 e os museus não são mais os mesmos daquela época”, diz ele. Agora, há uma demanda maior por diversidade, por reconhecer a contribuição de artistas que receberam pouca atenção. E isso, claro, é um aspecto positivo que agrega pluralidade aos acervos. “Há um diálogo maior, não é mais uma imposição cultural”, afirma o especialista.

Nesse contexto, o Brasil tem um papel determinante por meio de algumas de suas instituições icônicas, como o Masp, a própria Pinacoteca, ambos em São Paulo, e Inhotim, em Minas Gerais, não apenas por conta de seus acervos de vanguarda, mas também pelo aspecto arquitetônico. “Espero ter tempo de visitar Inhotim. Tenho muita curiosidade”, conta ele.

arquitetura, inclusive, é o tema central de seu novo livro, “Imagining the Future Museum: 21 Dialogues with Architects“, ainda inédito no país. Há uma conversa com a brasileira Paula Zasnicoff, da Pina Contemporânea, no volume. Para o autor, além de deixar uma marca para o futuro, a arquitetura dos museus deve ser um elemento conceitual que dialoga não apenas com os acervos, mas com as sociedades e que foram concebidos.

Ministra da Cultura, Margareth Menezes empossa novo Conselho Superior do Cinema

Ato acontece nesta sexta-feira (27), Dia Internacional do Patrimônio Audiovisual

Em cerimônia marcada para esta sexta-feira (27), serão empossados os novos integrantes do Conselho Superior de Cinema, em data que celebra o Dia Internacional do Patrimônio Audiovisual.

 

Doze representantes de órgãos da Administração Pública Federal tomarão posse, assim como outros doze da indústria cinematográfica nacional e da sociedade civil, destacados pela atuação no segmento.

A posse será dada pela ministra da Cultura, Margareth Menezes, no Palácio Itamaraty. O ato, considerado histórico, terá pela primeira vez um colegiado com paridade de gênero e representantes de todas as regiões do País.

“A composição democrática que obtivemos é fruto do trabalho dedicado da Secretaria do Audiovisual do MinC que, nos últimos meses, buscou dialogar intensamente para consolidar um conselho que fosse representativo e competente”, afirma a ministra da Cultura, Margareth Menezes.

A portaria com a nova composição do Conselho Superior de Cinema foi publicada no último dia 11 de outubro.

Representantes dos Órgãos da Administração Pública Federal

Ministério da Cultura:

Titular: Margareth Menezes da Purificação Costa; e suplente: Joelma Oliveira Gonzaga.

Advocacia-Geral da União:

Titular: César Venturini Dutra Carrijo; e suplente: Ana Paula Passos Severo.

Casa Civil da Presidência da República:

Titular: Júlia Alves Marinho Rodrigues; e suplente: Janine Mello dos Santos.

Ministério das Comunicações:

Titular: Wilson Diniz Wellisch; e suplente: Tawfic Awwad Júnior.

Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços:

Titular: Uallace Moreira Lima; e suplente: Adriana de Azevedo Silva Teixeira.

Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania:

Titular: João Moura; e suplente: Thais Ribeiro.

Ministério da Educação:

Titular: Jackson Raymundo; e suplente: Patrícia Barcelos.

 

Ministério da Fazenda:

Titular: Marcos Barbosa Pinto; e suplente: Ana Patrizia Gonçalves Lira Ribeiro.

Ministério da Justiça e Segurança Pública:

Titular: Augusto de Arruda Botelho; e suplente: Lázara Cristina do Nascimento de Carvalho.

Ministério do Planejamento e Orçamento:

Titular: Leany Barreiro de Sousa Lemos; e suplente: Maria Raquel Mesquita Melo.

Ministério das Relações Exteriores:

Titular: Embaixador Laudemar Gonçalves de Aguiar Neto; e suplente: Ministro de Segunda Classe Marco Antonio Nakata.

Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República:

Titular: Ricardo Henrique Stuckert; e suplente: José Rezende de Almeida Júnior.

Representantes da Indústria Cinematográfica Nacional

Titular: Debora Regina Ivanov Gomes; e suplente: Mariza Leão Salles de Rezende.

Titular: Clemilson de Almeida Farias; e suplente: Gabriel Amaral Pires.

Titular: Rodolfo Fernandes de Souza Salema; e suplente: Mauro Alves Garcia.

Titular: Márcio Alcaro Fraccaroli; e suplente: Cicero Araújo Aragon dos Santos.

Titular: Marcos Rocha Magalhães Barros; e suplente: Jack Jonathan de Melo Silva.

Titular: Rosana dos Santos Alcântara; e suplente: Paula Alessandra de Oliveira Gomes.

Titular: Aleteia Patrícia de Almeida Selonk; e suplente: Luiza da Luz Lins

 

Representantes da Sociedade Civil

Titular: Tatiana Alves de Carvalho Costa; e suplente, Jaqueline Maria de Souza.

Titular: Vânia Alves Smith Lima; e Suplente: Jussara Locatelli.

Titular: Leonardo Jasmin Edde; e suplente: Gustavo Soares Steinberg.

Titular: Cintia Domit Bittar; e Suplente: Joyce Prado Almeida.

Titular: Fernando Alberto Coelho de Magalhães; e Suplente: Ranulfo Alfredo Manevy de Pereira Mendes.